É verdade que a pandemia mudou a relação das empresas e seus colaboradores com o trabalho. Grande parte das empresas teve que se adaptar de forma ágil no início de 2020 ao colocar quase todos os seus profissionais para trabalhar remotamente. Com os níveis de vacinação contra a COVID-19 aumentando no Brasil, muitas organizações estão retornando aos escritórios e adotando um modelo híbrido, abandonando o modelo de negócios praticado em 2019. Em uma pesquisa realizada pela Unisys em conjunto com a IDC em mais de 15 países, incluindo o Brasil, quase 40% dos colaboradores do mundo apontaram que preferem trabalhar fora da empresa após o fim da pandemia – seja em um home office, em escritórios compartilhados ou em outros locais, como cafeterias. A principal missão das empresas nessa nova realidade é entender como tornar a experiência de seus usuários satisfatória – sejam eles clientes ou usuários internos.
Ao mesmo tempo, para que esses usuários continuem tendo acesso a suas aplicações de casa ou de qualquer lugar, os investimentos em Cloud, infraestrutura e AI/Machine Learning são cada vez mais críticos para as empresas. E essa visão já está amplamente difundida entre os principais líderes de tecnologia e negócios nas empresas do Brasil. De acordo com a Agenda Executiva de Tecnologia do Gartner para esse ano, Cloud está no top 3 das tecnologias que lideram o crescimento dos investimentos em 2022 no Brasil, mostrando a intenção das empresas de mudar para tecnologias que suportam modelos operacionais modernos, voltados para agilidade, flexibilidade e valor agregado (2022 Gartner CIO and Technology Executive Survey: Brazil Results).
O Gartner também aponta a cibersegurança como sendo a prioridade de investimentos de tecnologia no Brasil para 2022. No ano passado, foram mais de 623 milhões de ataques ransomware no mundo. Um aumento de mais de 105% em relação a 2020, quando já havíamos encarado uma ascensão nos ataques com o início da pandemia. Muito além dos ransomwares, ameaças já esperadas pelas áreas de segurança da informação, é vital que organizações reforcem a proteção de suas infraestruturas digitais e estejam prontas para responder às ameaças externas de forma a possibilitar a continuidade dos negócios.
Dessa maneira, as empresas de tecnologia se tornam essenciais ao ajudarem as organizações a garantir e melhorar a gestão de negócios a partir de uma abordagem multi-cloud, pois permitem o gerenciamento de custos de uma infraestrutura híbrida e a garantia de disponibilidade, escalabilidade e flexibilidade de suas aplicações na Nuvem, permitindo que os clientes e colaboradores das mais diversas organizações tenham acesso a suas aplicações a partir de qualquer lugar, qualquer dispositivo e a qualquer hora. E, claro, provedores de tecnologia também se asseguram para que este acesso ocorra de maneira segura, de forma a maximizar a produtividade e a colaboração dos usuários internos por meio de novas tecnologias, aumentando os índices de satisfação e antecipando a resolução de problemas com soluções inovadoras como análise de sentimento, realidade mesclada, automação robótica de processos, entre outras.
Assim, os profissionais e líderes devem se perguntar se as tecnologias de segurança de suas organizações estão evoluindo no mesmo ritmo e dimensão quanto as demandas dos seus clientes e colaboradores. Na dúvida, basta que perguntem aos profissionais de TI e provedores de tecnologia, que partem do princípio de que qualquer dispositivo, aplicação ou usuário não é confiável – ajudando a gestão de uma empresa a detectar e responder rápido o bastante às ameaças digitais cada vez mais sofisticadas, tirando-as de uma postura reativa para uma postura proativa de resposta em meio às crescentes ameaças.
Mauricio Cataneo, Vice-Presidente e Gerente Geral da Unisys para América Latina.