Liderança inclusiva: um atalho para turbinar o seu plano de carreira

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Cerca de 95% das 500 maiores empresas do Brasil já entenderam a importância da diversidade e da inclusão como estratégias para humanizar o ambiente corporativo, ampliar possibilidades, soluções e proteger os resultados do negócio. O mundo empresarial também já compreendeu que abraçar as diferenças não é um desafio simples: trata-se de um processo de mudança de cultura e de uma longa jornada de sensibilização, consciência e transformação das pessoas.  

Claro que na velocidade do mundo em que vivemos as empresas estão ávidas por atalhos que abreviem esse processo. E estão encontrando caminhos: se a consciência corporativa não é o bastante para fazê-las avançar com ações afirmativas e resultados, as companhias estão promovendo muitos diálogos para informar e sensibilizar a todos.   

Se a realidade ainda está longe de ser diversa, as empresas estão criando novos processos de seleção, programas exclusivos de cotas, estágio ou trainee para atrair, contratar e reter indivíduos diversos. Como acelerar o processo é o objetivo, metas e bônus são oferecidos aos colaboradores de hoje para que ajudem a transformar o quanto antes essa realidade.  

Agora, nessa retomada acelerada dos negócios pós-pandemia, percebemos que as empresas estão usando cada vez mais a estratégia de abreviar esse caminho a partir de suas lideranças.   

A liderança corporativa é um grupo reduzido e organizado, sendo de fácil acesso e muito poderoso nos processos de transformação das organizações. O foco nesse grupo também é estratégico porque tem o poder de liberar tempo e recursos para ações necessárias com os demais colaboradores, principalmente porque é dele que vem o tão desejado exemplo que vai contaminar e convencer os demais profissionais da organização.  

Por isso, os líderes que se preparam e pensam de forma inclusiva se transformaram no grande objeto de desejo das companhias. A consciência de inclusão a partir das corporações se transformou no principal skill dos profissionais que serão observados, contratados ou promovidos nesses novos tempos.  

Então, se você, profissional corporativo, ainda não tem consciência sobre o assunto, ou sobre o seu papel de inclusão nesse processo, é melhor acelerar o passo, entender e liderar não só as pessoas, mas todo o processo positivo de mudança que está acontecendo na sociedade.  

Uma liderança inclusiva deve ter a coragem de tolerar erros, encorajar o trabalho em equipe e ter o pensamento e o espírito empreendedor. É uma pessoa espontânea, sincera, comprometida com seus valores e que gosta de ouvir as pessoas. É um profissional que aprendeu que o sentimento da empatia é seu grande aliado.  

Ser inclusivo é valorizar o pensamento coletivo, criticando e participando dos processos de forma ativa. Ser inclusivo é não resistir às mudanças; é estar preparado e não impor ideias ou favorecer pessoas baseado em percepções enviesadas. Ser inclusivo é criar oportunidades para todos dentro de sua área de atuação ou empresa, ampliando as vozes das pessoas ou grupos minorizados ou invisíveis.  

Ser uma pessoa inclusiva é valorizar o resultado e não o esforço do trabalho, por isso uma liderança inclusiva não complica a vida das pessoas, e sim, informa, capacita e permite que elas possam produzir e criar, sendo quem elas são no ambiente de trabalho.  

Ronaldo Bias Ferreira Jr., sócio-diretor da um.a Diversidade Criativa 

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