Banco do Brasil estuda abrir o capital da Visanet

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O Banco do Brasil estuda, junto com os demais acionistas, fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO) da Visanet na Bolsa de Valores de São Paulo, embora ainda não haja uma data definida. A afirmação foi feita nesta terça-feira (14/8) pelo presidente do BB, Antônio Francisco Lima Neto, durante divulgação dos resultados do banco. "É nosso propósito fazê-lo", afirmou Lima Neto a jornalistas ao ser questionado sobre o assunto, sem, contudo, estabelecer um prazo.

A declaração reafirma a intenção dos principais acionistas da Visanet que, além do BB, tem como sócios o ABN Amro Real e o Bradesco. Este último já havia anunciado que a abertura de capital da operadora de cartões eletrônicos estava em estudo.

O vice-presidente de Finanças do BB, Aldo Mendes, acrescentou que o assunto envolve um grau maior de complexidade porque também terá que passar pelos acionistas minoritários da Visanet e pela própria Visa Internacional.

A discussão dos acionistas segue na esteira do IPO, feito em julho, pela Redecard, uma das empresas líderes da indústria de cartões de pagamento no mercado brasileiro e que concorre com a Visanet.

O vice-presidente de Finanças do BB afirmou, também, que o plano dos acionistas do BB para uma oferta pública secundária de ações está mantido, apesar das turbulências no mercado externo das últimas semanas. O fundo de pensão Previ e o braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) anunciaram em julho que pretendem fazer oferta de no mínimo 3% e no máximo de 5% do capital do BB até o fim do ano.

Se as perspectivas futuras para o BB são boas, no presente o desempenho do banco tem deixado a desejar. O balanço trimestral divulgado nesta terça-feira mostra um lucro líquido de R$ 1,06 bilhão no período de abril a junho, o que representou uma queda de 30,9% sobre o R$ 1,54 bilhão registrado em igual trimestre do ano passado. As receitas da intermediação financeira aumentaram 12,1%, para R$ 10,12 bilhões, e as despesas da intermediação financeira caíram 11,3%, para R$ 6,10 bilhões. A rentabilidade acumulada sobre o patrimônio líquido médio saiu de 47,8% no segundo trimestre de 2006 para 24,3% no mesmo período deste ano. A carteira de crédito total cresceu 28,4%, para R$ 145,23 bilhões.

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