A ex-diretora jurídica da Apple, Nancy Heinen, concordou em pagar US$ 2,2 milhões para que o processo em que é acusada de colocar datas antigas em opções de ações seja encerrado, segundo anunciou nesta quinta-feira, 14, a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão responsável pela fiscalização do mercado de capitais americano. Ela irá pagar quase US$ 1,6 milhão em restituições, acrescido de juros de US$ 400 mil em uma multa no valor de US$ 200 mil.
A SEC também anunciou também ter chegado a um acordo com Nancy, que ocupou um assento no conselho geral da Apple, por meio do qual ela concordou em não trabalhar como diretora de qualquer empresa com ações negociadas em bolsa durante cinco anos. Ela fechou acordo sobre o caso sem admitir ou negar as acusações, segundo o órgão de fiscalização. Em um procedimento administrativo em separado da SEC, ela também concordou com a suspensão pelo período de três anos de advogar para qualquer empresa com papéis nas bolsas americanas.
As acusações contra a ex-executiva dizem respeito a dois benefícios em opções de ações dadas a executivos da Apple, incluindo 7,5 milhões de opções de concedidas ao presidente-executivo da empresa, Steven Jobs, em dezembro de 2001.
A Apple também foi investigada por irregularidades na contabilidade de opções de ações concedidas a funcionários. A SEC posteriormente inocentou a empresa de quaisquer delitos, depois que ela aceitou cooperar com a investigação, mas abriu processo contra Fred Anderson, ex-vice presidente de finanças da companhia, e contra Nancy. Jobs não foi acusado no caso.