Um dia após a divulgação do balanço, as ações do Groupon operam em queda de mais de 20% na Nasdaq em relação ao valor lançado na abertura de capital, negociadas a US$ 5,82 nesta terça-feira, 14. O declínio chamou atenção, pois o site de compras coletivas teve alta de 45% na receita e retomou o lucro no segundo trimestre, em comparação com prejuízo registrado em igual período do ano passado. Sequencialmente, contudo, a receita se elevou apenas 2%.
O CEO do Groupon, Andrew Mason, justificou o desempenho da companhia pela situação econômica europeia, responsável por desacelerar alguns segmentos de alto custo e tido como dispensáveis – muito presentes nos cupons de desconto. Os papéis atingiram a menor baixa na bolsa desde seu lançamento, no ano passado.
De acordo com analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, ainda existe uma preocupação latente sobre a viabilidade de negócios de compras coletivas. A companhia, embora tenha gastado fortunas para consolidar sua marca e formar equipes de venda em diversas cidades em todo o mundo, encontra o desafio de provar para o mercado que tem áreas rentáveis capazes de entregar lucro consistente.
Um deles é o chamado Groupon Goods, responsável pela venda de baixo valor, que responde por 11% do total do faturamento da empresa. A unidade oferece venda direta de ingressos para eventos e shows, como um site de e-commerce independente. Sua lucratividade é mais baixa em comparação com outros setores internos, mas os executivos defendem que há "grande oportunidade" para consolidação do negócio da norte-americana.
Além disso, durante a apresentação dos resultados, Mason reconheceu a necessidade de reforçar as operações internacionais. Além de investimentos tecnológicos, a companhia trabalha em um plano estratégico sob a gestão do novo líder regional, Kal Raman. Ele assumiu o posto na última semana.