O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos no acumulado de janeiro a julho atingiu US$ 17,08 bilhões, o que representa uma queda de 16% em relação ao registrado nos primeiros sete meses do ano passado, quando totalizou US$ 20,43 bilhões. O resultado se deve a queda nas importações, que vem sendo verificada desde o ano passado, e que atingiu US$ 20,45 bilhões no período, 16% abaixo em relação a um ano atrás, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgado na quinta-feira, 13.
Todas as áreas apontaram queda nas importações, com taxas que atingiram mais de 20%, como nos casos de informática (-26,5%), telecomunicações (-25,4%) e GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica), com retração de 22,9%.
As importações de componentes elétricos e eletrônicos (-16,7%) somaram US$ 11,9 bilhões, representando 58% do total do setor. Dentre eles, estão os produtos mais importados do segmento, que também retraíram: componentes para informática (-17%), componentes para telecomunicações (-17%) e semicondutores (-24%).
Com relação às exportações, estas somaram US$ 3,37 bilhões e também registraram declínio, de 14%, na comparação com igual período do ano passado. Somente em julho, as exportações totalizaram US$ 553,3 milhões, 10% inferiores às registradas no mesmo mês de 2014. No mesmo período aumentaram apenas as exportações de bens das áreas de material elétrico de instalação (+9,7%) e de informática (+3,8%).
Em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações aumentaram 18,6%, com destaque para a expressiva taxa de incremento das vendas externas de bens de GTD (+137,6%), seguidas por itens de informática (+30,8%).
Recuo nas importações
No mês de julho, as importações de produtos da indústria elétrica e eletrônica ficaram 23% abaixo das ocorridas em igual mês de 2014, atingindo US$ 2,68 bilhões. Todas as áreas do setor analisadas apresentaram retração, sendo que a maior taxa foi na área de telecomunicações (-41,1%).
Em relação a julho de 2014, as importações aumentaram 9,6% com queda apenas nas compras externas de telecomunicações (-18,8%) e bens de informática (-6,4%).