O sistema brasileiro que monitora o desmatamento na Amazônia, baseado em imagens de satélites, estará disponível a partir do segundo semestre do ano que vem para qualquer país interessado em rastrear suas florestas. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), que desenvolveu a tecnologia, vai oferecer o software gratuitamente, por meio do GEOSS (Global Earth Observation System of Systems), uma iniciativa do grupo intergovernamental GEO, que inclui atualmente 71 países, a Comissão Européia e mais 46 organizações internacionais. Com sede em Genebra, Suíça, o GEOSS foi criado para ampliar a capacidade de monitoramento ambiental do planeta.
O presidente do GEO, José Achache, anunciará como será disponibilizado o sistema, chamado TerraAmazon, na próxima segunda-feira (17/9), durante o "GEOSS in the Americas Symposium", que acontecerá em Mangaratiba, no litoral sul do Rio de Janeiro.
O TerraAmazon é utilizado no cálculo anual do desflorestamento feito pelo Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) A Science, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, analisou as dificuldades para medir o desmatamento e reconheceu como exemplar o sistema brasileiro no artigo "Improved Monitoring of Rainforests Helps Pierce Haze of Deforestation" (Melhorias no monitoramento de florestas tropicais permitem medir o impacto do desmatamento).
Estarão presentes ao anúncio o co-presidente do GEO no Brasil e coordenador de Observação da Terra do Inpe, João Vianei, e a co-presidente do GEO nos Estados Unidos Helen Wood, que dirige a Secretaria de Dados de Satélite da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês), principal órgão de meteorologia dos Estados Unidos e do mundo.