A tecnologia reinventa o e-commerce e quem ganha é o consumidor

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Quando a pandemia da Covid-19 colocou todo mundo em casa e uma nova realidade de compras online se estabeleceu na rotina dos brasileiros, o mercado do e-commerce se mostrou promissor. Não foram poucas as previsões de que o segmento teria um crescimento exponencial e duradouro. Mas não foi o que aconteceu, sobretudo pela estagnação de um formato já bastante tradicional.

Enquanto a demanda de clientes que compravam remotamente à época aumentava – representando 31% das compras feitas pelas redes sociais e 40% feitas em canais digitais¹ -, muitas plataformas e aplicativos tornavam a compra, seja de qual fosse o produto, uma experiência trivial, sem muita tecnologia e sujeita a erros. Como a tecnologia caminha muito rapidamente, era o momento que o e-commerce precisava evoluir, para acompanhar as mudanças no mundo.

O metaverso foi o primeiro grande passo. De uma hora para outra, transformou-se na prioridade na indústria da moda, com grandes marcas realizando desfiles não só nas capitais do mundo, mas também em ambientes digitais, como o Metaverse Fashion Week. A ascensão dos influenciadores virtuais, NFTs (Tokens Digitais não Fungíveis) e personalização oferecidas pelo metaverso são apenas alguns dos fatores que otimizam a experiência de consumo interativo dentro do ambiente digital, mas que não fazem parte do nosso universo de compra e venda online.

Ao mesmo tempo, muitos sites avançaram no atendimento, com assistentes virtuais por inteligência artificial, algoritmos de venda otimizados para facilitar a experiência de compra, troca e devolução de mercadorias. Mas nada parece impactar tanto o cenário do e-commerce (e provavelmente de muitos outros segmentos de nossa vida) como a recente chegada da Inteligência Artificial (IA), desenhando um novo cenário para nosso dia a dia.

Tais novidades têm tornado as experiências de compras online mais assertivas, simples, práticas e inteligentes, com menor perspectiva de erro.

Hoje, tecnologias que lidam com a IA são capazes de otimizar o e-commerce utilizando recomendações e dicas de tamanhos, peças, e acessórios, além de sugerir o que fica melhor no corpo do consumidor, apenas com a disposição de duas fotos para que o sizing seja efetuado. Algo diferente de tecnologias já existentes, que enquadram pessoas com determinada altura e peso na mesma numeração de roupa, por exemplo.

Em uma época em que se valorizam cada vez mais as diferenças, é preciso levar isso de forma definitiva para a experiência de compra online. A equação é simples: somos parecidos e diferentes ao mesmo tempo. Pessoas com mesmo peso e altura, por exemplo, não necessariamente possuem as mesmas medidas. O padrão estético das grandes passarelas muitas vezes é exibido em lojas para públicos completamente diferentes.

A IA está conseguindo unir o melhor dos mundos: usar a sua inteligência somada ao conhecimento humano. A fusão do mundo físico ao digital vai além da otimização, mas também da inclusão e respeito. Com corpos e tons de pele diversos implementados no Machine Learning, para que todos possam ter acesso a tecnologia com o mínimo de erros e máxima precisão.  Dessa forma, a IA generativa não só oferece a comodidade de dispor novas experiências sem sair de casa, mas também a oportunidade de "chacoalhar" o varejo ao implementar a praticidade não só ao vendedor, mas também ao consumidor, que busca experiências cada vez mais humanizadas.

A experiência de facilitar a vida do consumidor promete revolucionar o mercado de compra e venda online a partir de uma experiência imersiva que rompa as barreiras entre o comércio tradicional e o online.

Eduardo Kuramoto, CTO da Doris.

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