A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a Business Software Alliance (BSA) e a Entertainment Software Association (ESA) acabam de divulgar o balanço das ações de combate à pirataria realizadas em outubro. No período ocorreram no total 60 ações em todo o Brasil, que resultaram na apreensão de mais de 130 mil CDs contendo programas piratas, além de 12 computadores.
Também foram retirados do ar 22 sites que comercializavam softwares piratas e cerca de 1,2 mil anúncios destinados à divulgação do comércio de produtos ilegais. As entidades ainda registraram mais de 2 mil contatos, por e-mail e telefone, dos quais 331 referiam-se a denúncias contra o comércio ou uso de programas piratas. Como conseqüência, a BSA enviou 215 notificações extrajudiciais, que resultaram em quatro ações judiciais.
Outro destaque do período foi a operação I-Commerce, realizada pela Polícia Federal. A iniciativa ocorreu em 13 estados e no Distrito Federal e envolveu a participação de 350 policiais. Diversas ações têm sido feitas em todo o país com o objetivo de conscientizar a população quanto ao risco e prejuízo causados pelo uso ilegal de softwares.
"O resultado obtido em outubro foi muito positivo. Se compararmos com o mesmo período do ano anterior, é possível observar um aumento de 176%", destaca o coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da Abes, Emílio Munaro.
Os números também refletem a intensificação do trabalho de repressão em resposta aos treinamentos de qualificação de autoridades públicas e policiais realizados pela associação, com o apoio do Ministério da Justiça. Somente em outubro a entidade passou por cinco cidades e capacitou mais de 250 policiais.
A BSA divulgou este ano um estudo realizado pelo IDC, o qual afirma que se o índice de pirataria de software no Brasil fosse reduzido em 10 pontos percentuais, estima-se que 21 mil novos postos de trabalho seriam criados na indústria de TI e haveria uma arrecadação adicional de R$ 1,2 bilhão.
