A varejista online Amazon e a editora francesa Hachette entraram em um acordo sobre a venda de livros impressos e eletrônicos (e-books) do grupo francês. As empresas vinham travando uma batalha há seis meses para definir como os e-books deveriam ser precificados e como a receita advinda da venda deveria ser repartida entre elas.
Com o novo acordo, que entrará em vigor no início de 2015, a Hachette irá definir os preços de seus títulos e terá de melhores condições quando oferecer preços mais baixos para os leitores. Segundo a Amazon, o incentivo financeiro que dará à editora para que reduza os preços "será uma grande vitória para os leitores e autores".
Questionado sobre a decisão, o CEO da Hachette, Michael Pietsch, afirmou: "Esta é uma grande notícia para os escritores, e vai beneficiar os autores da Hachette para os próximos anos. [o acordo] Oferece a Hachette enorme capacidade de marketing com um dos nossos parceiros de venda de livros mais importantes".
A batalha entre Amazon e Hachette começou no início de maio e rapidamente se intensificou. A varejista online tentou convencer a editora francesa a precificar todos seus e-books em US$ 9,99 cada, dizendo que levaria a maioria das vendas. A Hachette, por sua vez, se recusou a permitir que a Amazon ditasse seus preços, alegando que os e-books arcavam com custos como de marketing e edição, os quais deviam ser contabilizados no preço.
Durante o período de discórdia, a Amazon chegou a tomar medidas que foram fortemente criticadas por alguns autores, incluindo a remoção de botões de pré-venda em títulos da Hachette e atrasando a expedição de alguns livros. Com informações de agências internacionais.
Nasdaq
A notícia agradou os investidores. As ações da varejista online, que abriram o pregão desta sexta-feira, 14, na Nasdaq, em discreta alta de 0,24%, cotadas a US$ 317,26, atingiram pico de US$ 329,72, às 14h20 (horário de Brasília), alta de 4,18%.
