A conversão da tarifação da telefonia fixa de pulso para minuto, que entra em vigor em 2006, exigiu da Telefônica investimentos que totalizaram R$ 200 milhões no último ano. Stael Prata, vice-presidente executivo de planejamento estratégico da operadora, destaca que não se trata apenas de uma simples mudança de software. ?Adaptamos nossas centrais de atendimento e os sistemas para suportar o armazenamento de chamadas para o posterior detalhamento da conta, quando esta for solicitada pelo cliente?, explica.
Nos cálculos do executivo, 81% das ligações ficarão mais baratas para clientes que falam menos de três minutos. A redução nestas contas poderá ser de até 77%. Os usuários que ficam mais de três minutos ao telefone – 19% do total – pagarão mais caro. Nesta lista estão principalmente usuários corporativos e residenciais que fazem acesso discado à internet. No geral, ligações de até 30 segundos ficarão 77% mais baratas; de um minuto, 38% mais baratas: de três minutos, 3% mais caras; e de 10 minutos, 63% mais caras.
Planos alternativos
A Telefônica não deverá perder nem ganhar com a troca de tarifação. ?Na verdade, perderemos um pouco?, afirma Stael. Por isto, a operadora prepara planos alternativos de pacotes de minutos, como flat fee, porque acredita que os clientes reduzirão o tempo de conversação. O prazo estabelecido pela Anatel para a migração é entre março e julho. A Telefônica deverá se antecipar e lançar ofertas para todo o Estado de São Paulo, ainda no primeiro trimestre.
O executivo destaca que as centrais de atendimento já estão prontas para prestar esclarecimentos aos assinantes sobre as novas tarifas, sem atropelos. "Estamos preparados para um grande volume de chamadas", diz.