A Nextel arrematou 11 dos 13 lotes da chamada banda H leiloados nesta terça-feira, 14, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que marca a sua entrada no mercado de telefonia celular de terceira geração (3G), cuja principal característica é o acesso à internet em banda larga. A Nextel, que já opera no serviço móvel especializado (SME), também conhecido como trunking, pagou um ágio médio de 34,8% sobre o valor mínimo das licenças, sendo que por um dos lotes arrematados o ágio chegou a 205,5%. No total, a Nextel vai desembolsar cerca de R$ 1,2 bilhão pelas licenças para operar o serviço de telefonia celular 3G.
Os dois lotes restantes ficaram com a CTBC, operadora de telefonia do Triângulo Mineiro, que pagou ágio de 32,41% pela área que abrange municípios do interior do estado de São Paulo; e com a operadora de telefonia móvel Oi, que ofertou um valor 62,29% superior ao preço mínimo pela área que abrange cidades do interior de Minas Gerais.
Com o leilão desta terça, a agência espera que, no prazo de 60 meses, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes sejam atendidos pela banda H de telefonia celular. No caso das capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes, o prazo determinado pela agência é de dois anos, no máximo.
A operadora tem um plano de investimentos para a instalação da infraestrutura 3G nas praças referentes aos lotes adquiridos no leilão da Banda H. "Estamos bastante preparados para cumprir e superar as metas estabelecidas por nós e pela Anatel", disse Sergio Chaia, presidente da Nextel. Ele avalia que haverá uma necessidade de investimentos de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para a construção da rede, expansão de sua estrutura e marketing.
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