Polycom planeja montar centro de treinamento de parceiros no Brasil em 2013

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Depois de investir cerca de US$ 2 milhões na construção do primeiro Executive Briefing Center (EBC) no Brasil, a Polycom, fornecedora de soluções de comunicação unificada, tem planos de implantar um centro de treinamento local em 2013. Apesar de não revelar o quanto será investido na montagem do centro, a companhia espera que ele já esteja em funcionamento em janeiro para a oferta de treinamentos a seus parceiros de negócios e usuários finais. “Nosso objetivo é fazer com que todos conheçam melhor nossas soluções”, explica o diretor geral para o Brasil, Paulo Roberto Ferreira. “Não queremos apenas certificar novos parceiros, mas expandir o conhecimento sobre os produtos que oferecemos.”

A companhia conta hoje com três distribuidores no país e cerca de 30 revendas certificadas. “Nossa meta é ter um calendário de pelo menos dois treinamentos por mês em 2013. Queremos ter mais profissionais técnicos e expandir nossa atuação nas regiões Sul e Nordeste do país”, destaca Ferreira, completando que serão feitas parcerias com universidades para oferecer treinamentos.

O executivo diz que a expectativa é encerrar este ano com crescimento de 30% no faturamento — a empresa não divulga números regionais —, sendo que a estimativa para os próximos três anos é crescer entre 20% e 25%, em dólar. Além disso, Ferreira adianta que a Polycom está estudando a possibilidade de fabricar algumas linhas de produtos no Brasil, mas ressalta que não há, ainda, previsão sobre quando isso irá ocorrer.

Mercado promissor

Apesar de a crise econômica ter sido um complicador neste ano, Ferreira destaca que o sistema de videoconferência é visto como peça-chave para economia de custos. “Para evitar gastos com viagens, deslocamentos etc., as empresas têm recorrido a soluções de videoconferência. No ano passado, 40% das vendas no Brasil foram de um modelo de videoconferência. Isso reduz cerca de um terço os custos com viagens para nossos clientes”, afirma ele, destacando que 70% da receita da empresa provêm de produtos e serviços de vídeo e 30%, de áudio.

Outra aplicação de videoconferência que tem crescido, segundo Ferreira, é a de telemedicina, e em diferentes segmentos. “A Petrobras, uma das maiores usuárias de videoconferência, utiliza a aplicação de telemedicina”, exemplifica Ferreira, completando que o surgimento dessa aplicação veio atrelado aos sistemas HD e full HD.

O maior desafio apontado pelo diretor geral da Polycom para o desenvolvimento do mercado de videoconferência no Brasil é a qualidade de banda larga do país. “Ainda estamos muito defasados nessa questão em relação a outros países, com os Estados Unidos”, disse Ferreira, acrescentando que a adoção de aplicações no ambiente móvel ainda é mínima no país, por conta principalmente da baixa qualidade de conexão.

Ainda assim, a companhia possui aplicativos gratuitos desenvolvidos para todos os sistemas operacionais, e acredita que com ao avanço das redes 4G, a mobilidade vai ganhar mais espaço. “Para ter uma conexão 4G, é preciso melhorar muito a infraestrutura que temos no país, e com essa expansão, o 3G consequentemente terá uma qualidade melhor”, complementou Ferreira.

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