O presidente Donald Trump conseguiu aprovar uma legislação que proíbe o uso dos sistemas de segurança da Kaspersky Lab pelo governo dos EUA. A legislação dá um mês para os órgãos públicos federais "limparem" o antivírus da empresa russa. A decisão tem forte peso no receio da influência do Kremlin.
A proibição, incluída como parte de uma lei de defesa da pública, reforça uma diretriz emitida pela administração Trump,em setembro, para que as agências removam o software da Kaspersky Lab no prazo de 90 dias. A lei aplica-se a redes civis e militares.
Kaspersky Lab negou repetidamente que tenha vínculos com qualquer governo e disse que não ajudaria um governo com espionagem cibernética. Na tentativa de resolver suspeitas, a empresa disse em outubro que enviaria o código-fonte de seu software e futuras atualizações para inspeção por partes independentes. Funcionários dos EUA disseram que esse passo, embora seja bem-vindo, não seria suficiente.
Em uma declaração na terça-feira, a Kaspersky Lab disse que continuava a ter "sérias preocupações" com a lei "devido a sua abordagem geográfica específica para a segurança cibernética". A empresa avaliava suas opções de defesa e disse que continuaria a "proteger seus clientes de ameaças cibernéticas (enquanto) colaborando globalmente com a comunidade de segurança de TI para lutar contra o cibercrime".
Na terça-feira, Christopher Krebs, um alto funcionário de segurança cibernética do Departamento de Segurança Interna, disse a jornalistas que quase todas as agências governamentais haviam removido completamente os produtos Kaspersky de suas redes em conformidade com a ordem emitida em setembro.