O site de relacionamentos MySpace vai implementar várias medidas de segurança para proteger os usuários de exploradores sexuais. O anúncio faz parte de um acordo entre o site e procuradores-gerais de 49 estados dos Estados Unidos, após cerca de dois anos de negociações, com o intuito de proteger os jovens que navegam na internet.
O MySpace, que pertence ao grupo News Corp., do magnata australiano da mídia Rupert Murdoch, concordou em tomar medidas para garantir a segurança na internet, incluindo o desenvolvimento de um registro de e-mails que permita aos pais proibir as crianças de criar perfis online na rede. A empresa não concordou uma das exigências do comitê de procuradores, para implementar novas tecnologias a fim de verificar a idade dos usuários, alegando tratar de uma medida onerosa. Em vez disso, ela se prontificou a criar um força-tarefa com as empresas do setor para estudar o assunto.
Com cerca de 110 milhões de usuários no mundo, o MySpace também classificará os perfis configurados para usuários de 16 e 17 anos como "privado" em seu site, para que sejam contatados somente por conhecidos, dificultando a ação de bandidos.
O procurador-geral do estado de Connecticut, Richard Blumenthal, reconheceu que o acordo não estipula penas nem tampouco tem uma amarração jurídica. "Mas é um triunfo da esperança sobre a experiência", disse ele ao jornal britânico Financial Times.
"Este acordo estabelece um novo padrão para os sites de relacionamento que rapidamente conseguiram crescer, mas não reconhecer suas responsabilidades e manter a segurança das crianças", afirmou por seu lado o procurador-geral do estado da Carolina do Norte, Roy Cooper.
O MySpace tem estado sob observação cerrada nos últimos dois anos depois que alguns de seus usuários jovens foram vítimas de adultos que se apresentavam como menores de idade. O site afirmou que as diretrizes gerais da indústria incluem políticas que já foram incorporadas por ele, como análise de imagens e vídeo carregados para o site e garantias de que os perfis dos mais novos sejam mantidos como privados.