HP chega a acordo com o New York Times em caso de espionagem

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A HP acabou aceitando um acordo financeiro com o jornal americano The New York Times e com três jornalistas da revista BusinessWeek que revelaram um escândalo de espionagem de administradores da empresa. O escândalo eclodiu em setembro de 2006, quando a empresa admitiu ter contratado detetives para espionar jornalistas e membros de seu conselho de administração, com o objetivo de descobrir a identidade de uma pessoa que estava vazando informação confidencial para a imprensa.

As partes em litígio se recusaram a revelar o montante do acordo extra-judicial. Analistas do setor de TI dizem que, mesmo assim, a imagem da fabricante saiu arranhada, já que foram apresentadas acusações criminais contra dois altos executivos da HP e três agentes de segurança contratados pela empresa.

O caso, que chegou ao congresso americano, levou a então presidente do conselho de administração, Patricia Dunn, a entregar o cargo, além de outros diretores da companhia.

Segundo o New York Times, a HP ainda tem pendentes cinco denúncias de jornalistas e seus familiares, apresentadas em conjunto em um tribunal de São Francisco, em agosto. No ano passado, a HP aceitou pagar US$ 14,5 milhões para dar por encerradas as ações civis por suas atividades de espionagem.

O inquérito também envolveu "a invenção de um pretexto" de que havia alguém fingindo ser outra pessoa para obter registros de telefones de jornalistas da BusinessWeek – Ben Elgin, Peter Burrows e Roger Crockett – e da família do repórter do New York Times, John Markofff. "O que a HP fez foi uma afronta à liberdade de imprensa", disse Terry Gross, advogado que representou dos repórteres da BusinessWeek. "Ela não gostou do que os repórteres escreveram e espionaram as ligações telefônicas para identificar quem eram as suas fontes."

Em comunicado, a HP disse que estava satisfeita por ter resolvido o assunto.

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