Demissões da Nokia podem atingir 6 mil funcionários

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O recente acordo assinado entre a Nokia e a Microsoft para adotar o Windows Phone como principal sistema operacional dos celulares da empresa pode resultar na demissão de 6 mil funcionários da companhia finlandesa. Segundo líderes sindicais informaram o Financial Times nesta terça-feira, 15, os cortes se referem às pessoas ligadas às áreas de fabricação de software e de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de celulares.
Segundo o presidente do Pro, sindicato finlandês de trabalhadores do setor administrativo, Antti Rinne, a Nokia ainda não enviou nenhum comunicado oficial abordando as demissões, mas ele calcula que a maioria das pessoas ligadas ao desenvolvimento do MeeGo e do Symbian, dois sistemas operacionais para aparelhos móveis desenvolvidos pela companhia, sejam demitidos, devido à prioridade concedida ao Windows Phone. Todos os funcionários estariam radicados na Finlândia.
As demissões fazem parte de um plano de reestruturação criado pelo CEO da Nokia, Stephen Elop, para tentar recuperar as fatias de mercado da companhia, que vêm caindo consideravelmente principalmente por conta do avanço das vendas de aparelhos equipados com Android, do Google, e do iPhone, da Apple. O plano de Elop envolve, entre outras coisas, reduzir gastos supérfluos às atividades principais da Nokia, daí a pareceria bilionária concretizada com a Microsoft (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
No entanto, as ideias de Elop não agradaram um grupo de acionistas da companhia de celulares, que pretende desafiar os planos de reorganização iniciados pelo executivo no mês passado. O grupo, composto por "nove jovens investidores, todos ex-funcionários da Nokia", quer apresentar, na reunião anual da companhia com investidores, agendada para maio, um "plano B", que envolve a "saída imediata de Stephen Elop do cargo de CEO".
Segundo documento publicado pelo grupo no fim de semana, a intenção do plano B é trazer de volta à Nokia "uma estratégia de crescimento e retorno de lucratividade" baseada em inovação e desenvolvimento de produtos superiores. Para isso, eles acham que a companhia deve assumir total controle dos software que equipam os produtos, "pois é no software que está a inovação, diferenciação e o retorno para os acionistas".
Internamente, os "jovens investidores" querem aumentar a eficiência da empresa, abandonando "práticas burocráticas de pesquisa e desenvolvimento" e modelos de negócio de baixo retorno financeiro, "como se tornar uma empresa de OEM [fabricação terceirizada de equipamentos] e commodities que não conseguem absorver talentos profissionais e nem dar o devido retorno aos acionistas".

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