Os planos da Huawei de entrar no mercado americano podem ter sofrido um grande atraso nesta semana. A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações disse na segunda-feira, 14, que foi advertida pelo governo americano a desistir da compra de ativos da americana 3Leaf, desenvolvedora de tecnologia de integração de servidores, ou o negócio seria bloqueado pela própria presidência dos Estados Unidos.
As investigações do caso começaram por volta de novembro do ano passado, quando o Comitê para Investimentos Estrangeiros nos EUA (CFIUS, na sigla em inglês) alertou a Huawei de que ela não o tinha informado sobre a compra de parte da 3Leaf, feita em maio do mesmo ano, por US$ 2 milhões – todos os investimentos feitos por empresas estrangeiras em território americano devem ser informados ao órgão. Em resposta, a companhia chinesa declarou que não achou que fosse necessário contatar o governo dos EUA por um investimento tão pequeno, e que não envolvia todos os ativos da companhia (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Mesmo sob a ameaça de ter sua entrada no mercado americano de telecomunicações barrada, a Huawei declarou que pretende arriscar com o negócio, pois "desistir destruiria a marca e a reputação da empresa". Bill Plummer, vice-presidente de relações com o governo dos EUA da companhia chinesa, afirmou que "respeita o processo e a posição do país", mas disse que a a Huawei vai negociar acordos de abrangência nacional para tentar "aliviar as preocupações" dos órgãos reguladores.
Pela lei americana, a CFIUS não pode comentar ou dar detalhes sobre suas investigações e decisões, e o Departamento de Tesouro dos EUA, que controla o órgão, se recusou a dar quaisquer declarações sobre a Huawei. Com informações do The Wall Street Journal e da agência estatal chinesa Xinhua News.
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