O presidente executivo da ABRID, Célio Ribeiro, defende o registro único como caminho seguro para a diminuição de fraudes e para um impulso no crescimento da indústria de identificação digital no Brasil.
"Temos condições de efetivar esse projeto rapidamente. A indústria de identificação digital acreditou e investiu pesado em equipamentos, construção, ampliação e modernização de plantas no Brasil, além de qualificar e treinar pessoal para a execução desse projeto", afirma o presidente executivo da entidade.
O projeto que visa centralizar todos os documentos de identidade dos brasileiros em um único número de registro já é lei devidamente regulamentada e em vigor, mas a sua implantação precisa de continuidade. O Registro de Identidade Civil (RIC) é um documento em forma de cartão com chip semelhante aos de cartão de crédito, que centraliza e armazena dados biométricos e as informações pessoais do usuário.
"O RIC objetiva a identificação unívoca e inequívoca das pessoas e é um projeto que teve enorme apoio popular, com vantagens comprovadas, sem qualquer tipo de invasão à privacidade das pessoas", afirma Ribeiro, que acrescenta ainda os benefícios do registro único: "deixaríamos de ter os famosos "laranjas" ou "fantasmas". Não teríamos pessoas mortas ou que não existem recebendo valores da Previdência e benefícios dos programas de governo. Também seria evitado, por exemplo, que eleitores que não existem votassem em candidatos nas eleições".
Para Ribeiro, embora o setor de identificação digital e biometria no Brasil tenha avançado nos últimos anos, trata-se ainda de um mercado incipiente.