Depois de receber registros de queixas contra produtos da HP na semana passada, o governo chinês decidiu iniciar uma investigação contra a empresa. Segundo comunicado publicado no site da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) do país, a investigação vai verificar a forma como a companhia está lidando com os modelos de notebooks que apresentaram problemas no processamento gráfico e de superaquecimento.
Os advogados chineses que entraram com a queixa em nome de mais de 170 consumidores, solicitando que o governo chinês determine que a empresa faça um recall de computadores portáteis fabricados desde 2007, alegam que a HP adota uma posição discriminatória em relação aos consumidores chineses, pois não oferece as mesmas garantias disponíveis aos clientes norte-americanos.
Os autores da reclamação exigem que a empresa também recompense os consumidores afetados e faça uma retratação pública. Esta é a primeira vez que a empresa é alvo de reclamações de consumidores de fora dos Estados Unidos.
Procurada pelo The Wall Street Journal, a HP negou as queixas e afirmou ter havido algum mal-entendido em relação aos "termos de garantia estendia", que duram apenas um ano. A empresa afirmou que não tem nenhuma intenção de fazer recall na China.
A AQSIQ não deu detalhes sobre a informação e disse ainda não poder falar sobre medidas legais sobre o assunto. No entanto, o órgão se comprometeu a continuar com o processo e disse dar "extrema importância" às reclamações.
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