As companhias indianas de serviços de TI começaram a planejar a evacuação de funcionários de suas unidades no Japão, depois do terremoto e do tsunami que atingiram o país na semana passada. Infosys, Tata Consultancy Services (TCS) e Wipro mostram-se preocupadas com os impactos das explosões na usina nuclear de Fukushima, que resultaram no aumento do nível de radioatividade da região.
Segundo reportagem do The Wall Street Journal, as companhias já começaram a prestar assistência a seus funcionários, inclusive com iniciativas para trazê-los de volta para a Índia. A medida, no entanto, não é definitiva para nenhuma das empresas. Todas informaram que pretendem esperar a situação se acalmar para reavaliar o estado de suas operações japonesas.
Em comunicado, a TCS informou que está pronta para trazer os funcionários indianos e suas famílias de volta à Índia e se ofereceu aos japoneses para removê-los para regiões mais seguras. A companhia não deu detalhes sobre o estado de suas instalações no Japão, mas disse que tem "algumas centenas" de empregados em uma única unidade, na cidade de Yokohama.
A Infosys, que diz ter 250 funcionários nas cidades de Fukuoka e Nagoya, informa que está facilitando as viagens de seus empregados e respectivos familiares para fora do Japão. A companhia, no entanto, ainda não sabe quantas são as pessoas que querem deixar o país.
Já a Wipro disse, também por meio de comunicado, que ainda é muito cedo para falar sobre o impacto do desastre, principalmente em se tratando de uma usina nuclear. A companhia informou que todos os seus 400 funcionários continuam trabalhando com seus clientes, mas que a eles foi dada a liberdade de voltar para a Índia ou trabalhar de suas casas.
Apesar da aparente calma, a Wipro também informou que pretende rever sua atuação no Japão, por causa dos efeitos da catástrofe natural na economia do país, e também no Oriente Médio, por causa das conseqüências econômicas da onda de levantes populares que vem acometendo a região. A companhia indiana disse ao jornal americano que os eventos geraram incerteza na economia mundial, e isso pode vir a afetar as operações naquelas regiões.
Quanto à Infosys e à TCS, ambas informaram que os desastres naturais do Japão afetarão pouco suas atividades no país. Segundo o jornal americano, a ilha nipônica representa 2% das exportações de software e serviços da Índia, cujo faturamento no ano passado foi de US$ 59 bilhões.
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