Um ano após o início das negociações, a Foxconn ainda não conseguiu chegar a um acordo com a diretoria da Sharp para a compra de 10% de participação na fabricante japonesa, e o negócio pode ser interrompido. A informação foi dada pelo presidente da Sharp, Takashi Okuda, em coletiva de imprensa a repórteres asiáticos, conforme o site chinês especializado em tecnologia DigiTimes.
O deadline para fechamento do negócio é o dia 26 próximo, mas as companhias não têm consido chegar a um consenso sobre o valor a ser pago e o percentual acionário a ser adquirido. Um sintoma disso é que meses após o anúncio da parceria, no ano passado, as empresas informaram dados contraditórios sobre a aliança. Mesmo admitindo que o acordo está “em vias de ser cancelado”, Okuda enfatizou que as empresas “ainda estão negociando alternativas”.
A Sharp recebeu, em março deste ano, uma injeção de US$ 111,4 milhões da Samsung para a produção de telas de LCD, o que ajudará a companhia a enfrentar as dificuldades que atravessa e tentar reverter os prejuízos. Esta é apenas uma de uma série de parcerias buscadas pela companhia japonesa para melhorar seu caixa . Em dezembro do ano passado, a Qualcomm investiu US$ 120 milhões da companhia. Esses dois contratos podem apaziguar o dano causado pela desistência da Foxconn, dizem analistas.