Janeiro registra mais de 150 mil tentativas de fraude, aponta indicador Serasa Experian

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Em janeiro de 2016 foram registradas 150.643 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor. O número é equivalente a uma tentativa de fraude a cada 17,8 segundos no país. O resultado representou queda de 2,8% em comparação a dezembro de 2015, quando registradas 155.056 tentativas, e queda de 10,8% em relação a janeiro de 2015, que registrou 168.944.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento da recessão econômica e aumento do desemprego têm provocado diminuição do fluxo dos consumidores nas lojas, bancos etc. Com isso, diminuem-se as chances de os fraudadores obterem documentos pessoais, os quais são utilizados nas tentativas de fraudes. Embora o volume das tentativas tenha diminuído, esse patamar continua elevado.

Para a proteção do consumidor, a Serasa Experian oferece o antifraude MeProteja, que avisa o cidadão por e-mail e mensagem no celular (SMS) toda vez que o CPF dele for consultado na hora de uma compra no comércio ou empréstimos em bancos.

É um alerta no caso de tentativa de abertura de empresa com o número do documento, se o titular estiver prestes a ser negativado ou ainda quando o consumidor sair do cadastro de inadimplência. O MeProteja também informa ao consumidor a relação dos números de telefone fixo que estão cadastrados com seu CPF. Parcelas atrasadas que podem gerar negativação também são comunicadas.

O procedimento para obter o  serviço o consumidor deve acessar o link www.serasaconsumidor.com.br/semanadoconsumidor e fazer seu cadastramento. O monitoramento do CPF é imediatamente ativado.

Após algumas horas, a pessoa receberá um relatório no qual constará a existência ou não de pendências financeiras registradas na Serasa; se há empresas abertas por aquele CPF e quais números de telefones fixos foram cadastrados no documento e quais empresas o consultaram nos últimos meses. Um novo relatório será gerado a cada 15 dias, mesmo que não tenham notificações, garantindo a tranquilidade do usuário.

Indicador

O segmento de Telefonia foi o único a apresentar alta em relação a dezembro de 2015, de 1,6%, totalizando 64.226 tentativas de fraude no mês de janeiro, 42,6% do total. Em relação a janeiro de 2015, no entanto, houve queda de 10,1%. O setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – vem em segundo lugar com 47.212 registros em janeiro de 2016, equivalente a 31,3% do total. Em relação a janeiro de 2015, houve ligeira queda de 0,3%. O setor bancário foi o terceiro do ranking, com 26.389 tentativas, 17,5% do total. O setor observou queda de 24,2% em relação aos registros do mesmo mês no ano anterior.

Já o segmento varejo registrou 10.559 tentativas de fraude contra o consumidor no período, 7,0% das investidas contra o consumidor no primeiro mês do ano. O número de tentativas de fraude do setor apresenta queda de 13,8% em relação a 2014. O ranking de tentativas de fraude de janeiro de 2016 é composto ainda por demais segmentos, que totalizaram 2.257 tentativas no mês (1,5% do total).

Principais tentativas de golpe

É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:

  1. Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
  2. Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
  3. Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
  4. Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima. Neste caso, toda a "cadeia" de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.
  5. Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima.
  6. Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de 'fachada' para a aplicação de golpes no mercado.

A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos.

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