A Oracle continua colhendo bons resultados com a mudança de seu modelo de negócio baseado na venda de licenças de software (on premises) para o modelo de venda de software como serviço (SaaS) por meio da nuvem. O balanço do terceiro trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 29 de fevereiro, mostra que a receita com software e serviços na nuvem cresceu 40% na comparação trimestral anual, passando de US$ 527 milhões registrados em igual trimestre do ano fiscal anterior para US$ 735 milhões no atual exercício fiscal.
Embora as vendas on premises ainda respondam pela maior fatia da receita total, que somou US$ 9 bilhões no trimestre, a venda de licenças caiu 4%, de US$ 6,6 bilhões um ano antes para US$ 6,3 bilhões. O mesmo ocorreu com a receita com hardware, que recuou 13% no período, de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,1 bilhão. Isso tudo fez com que a receita caísse 3%.
O lucro da Oracle seguiu a mesma tendência, com declínio de 14% no terceiro trimestre fiscal, passando de US$ 2,5 bilhões em igual período do exercício fiscal anterior para US$ 2,1 bilhões.
"O crescimento de nossas receitas com SaaS e PaaS [plataforma como serviço] foi de 61% em moeda constante neste trimestre. Nosso negócio nuvem está agora numa fase de hipercrescimento. Nossas margens brutas estão subindo rumo a nossa meta de 80%. Esses dois fatores vai inflar o ganho por ação de nossos acionistas e o fluxo de caixa nos próximos trimestres da Oracle", disse a CEO da Oracle, Safra Catz, durante teleconferência com analistas.
Ao que parece, o resultado agradou Wall Street. As ações da Oracle subiram mais de 4% no after-hours trading, negociação após o fechamento da Bolsa de Nova York, cotadas a US$ 40,41.