Um sistema de videomonitoramento perimetral equipado com inteligência artificial, além de contribuir para o monitoramento da segurança pública e a gestão do tráfego urbano, pode tornar-se uma ferramenta essencial na prevenção e no enfrentamento de desastres causados por enchentes, auxiliando na detecção precoce de riscos e na otimização de respostas emergenciais.
Juiz de Fora, em Minas Gerais, é hoje um exemplo concreto de como a tecnologia pode transformar a gestão urbana e proteger vidas. Com histórico de enchentes graves causadas pelo transbordamento do Rio Paraibuna, a cidade passou a contar com uma robusta estrutura de monitoramento inteligente implantada pela Emive Grandes Projetos, que vem contribuindo de forma decisiva para a prevenção de desastres naturais e o fortalecimento da segurança pública.
O sistema, desenvolvido dentro da proposta de cidade inteligente (Smart City), integra recursos de videomonitoramento com inteligência artificial, análise de dados em tempo real e conectividade com órgãos públicos como a Defesa Civil, o Ministério da Justiça e a Polícia Militar. Um dos destaques da solução é a instalação de 14 câmeras IP específicas para medição do nível d'água em rios e córregos. Distribuídas em pontos estratégicos, essas câmeras detectam alterações críticas e enviam alertas imediatos ao centro de controle da Defesa Civil, permitindo respostas ágeis em situações de risco.
Além das câmeras voltadas à prevenção de enchentes, o projeto Smart City em Juiz de Fora contempla outras 211 câmeras inteligentes distribuídas entre áreas urbanas e rurais, totalizando 225 equipamentos em operação. São 59 câmeras IP PTZ com mobilidade e zoom de alta precisão, 58 câmeras IP fixas e 94 câmeras LPR, capazes de identificar placas de veículos e integradas diretamente com bancos de dados das autoridades de segurança. Todos os equipamentos operam com qualidade de imagem garantida tanto de dia quanto à noite, e são capazes de rastrear a movimentação de veículos em tempo real.
"Nosso objetivo vai além da vigilância — trata-se de oferecer às cidades ferramentas tecnológicas que salvam vidas, protegem o patrimônio e tornam a gestão pública mais eficiente. Em Juiz de Fora, conseguimos reunir prevenção, segurança e inteligência em um mesmo projeto", afirma Adriano Broilo, diretor executivo da Emive Grandes Projetos, empresa do ecossistema Emive&Co.
Os dados coletados pelas câmeras e sensores são processados por um sistema de inteligência artificial que identifica padrões e comportamentos suspeitos, gerando alertas automáticos que auxiliam na tomada de decisão por parte das autoridades locais. Além disso, o acesso às imagens é restrito a agentes de segurança, e toda a operação está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo o respeito à privacidade da população.
"Como parte do conceito de Smart City, o projeto busca otimizar recursos urbanos, monitorar o tráfego, reduzir riscos e tornar a cidade mais resiliente e sustentável. O sistema está em constante evolução, com possibilidades de incorporar futuramente ferramentas de reconhecimento facial, sempre em conformidade com a legislação e com infraestrutura segura. O case de Juiz de Fora mostra que a tecnologia, quando aplicada com inteligência e propósito, pode fazer a diferença real na vida das pessoas e no dia a dia das cidades", diz Broilo.