Custo e tecnologia ainda afastam a internet do celular

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Contar com a internet no celular, incluindo as facilidades da web 2.0, em que o usuário produz e disponibiliza conteúdo, começa a dar os primeiros passos. Mas para o mercado tornar-se viável, será necessário ultrapassar uma série de barreiras tecnológicas e também econômicas.

A tela pequena do dispositivo móvel, browsers com poucos recursos, baterias com tempo curto de duração, a pouca difusão dos smartphones, o preço alto dos serviços e dos dispositivos ainda são os principais obstáculos.

?Mas assim como o PC evoluiu do DOS para as atuais interfaces, o celular vai chegar lá a uma velocidade mais rápida do que imaginamos?, disse o diretor da Claro, Marco Quatorze, que participou nesta terça-feira, 15/5, do 6º. Tela Viva Móvel, evento promovido pelas revistas TELA VIVA e TELETIME, que termina hoje em São Paulo.

Hoje no Brasil são vendidos entre 30 mil e 40 mil smartphones por mês, diz Quatorze. De Blackberrys, são 4 mil, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a 200 mil. As operadoras acreditam que essa defasagem tende a cair com a difusão dos serviços, apostando na evolução e conseqüente queda de preços dos dispostivos.

A Claro lançou recentemente um serviço de geração de conteúdo pelos assinantes com o envio de ringtones, fotos e vídeos com a que ficam disponíveis para a toda a base de usuários.

?Nosso maior cuidado, nesse caso, é com a política de direitos autorais, fazendo um filtro dos conteúdos que devem ser inéditos?, explicou Quatorze. Outra iniciativa da Claro que teve boa aceitação no mercado foi um serviço para os usuários do Orkut receberem mensagens de amigos por meio de torpedos. ?Já nas primeiras duas semanas tivemos a adesão de 40 mil interessados e hoje já alcançamos 100 mil usuários cadastrados?, afirma.

O custo do tráfego de dados também tende a cair, o que difundiria ainda mais os serviços. ?Em uma rede GPRS o custo do gigabyte trafegado é de US$ 0,40. Nas novas redes 3G Edge esse preço cai para US$ 0,10?, exemplifica Quatorze.

Para Fiamma Zarife, uma das responsáveis pela área de serviços de valor adicioonado da Oi, as operadoras estão buscando modelos de negócios que possam viabilizar mais serviços, como o desenvolvimento de links patrocinados, novas formas de revenue share e até a questão da remuneração do usuário que produz conteúdo.

?Hoje apenas o cliente paga pelo tráfego. Podemos evoluir para um modelo onde o assinante seja remunerado de alguma forma por interagir com aquele conteúdo?, disse a executiva.

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