O Brasil encerrou o ano de 2006 com 60% dos computadores equipados com softwares piratas, de acordo com levantamento foi divulgado nesta terça-feira (15/5) pela Business Software Alliance (BSA), associação internacional que representa a indústria de software comercial. O índice é quatro pontos percentuais inferior se comparado a 2005 e revela que o Brasil foi o mercado que registrou a maior queda na taxa de pirataria do mundo. Mas, por outro lado, é a nação com os maiores prejuízos na América Latina, estimados em US$ 1,148 bilhão.
A taxa de pirataria de software no país ficou abaixo também da média latino-americana, que foi de 66%, dois pontos percentuais inferior do que em 2005. Os prejuízos para a indústria na região foram superiores a US$ 3 bilhões. O índice da América Latina foi significativamente superior à média mundial, de 35%, que se manteve no mesmo nível nos últimos três anos. A região ficou atrás somente da Europa Central e Oriental (68%), regiões com a maior taxa de pirataria do mundo.
Do total de 102 países pesquisados, entre 2005 e 2006, o índice de pirataria caiu em 62 nações e aumentou em 13. Entre os que registraram crescimento em sua taxa de pirataria, sete são latino-americanos: Chile, Colômbia, República Dominicana, El Salvador, Panamá, Venezuela e o mercado identificado como "outros mercados latino-americanos".
"Embora estejamos progredindo ainda há muito trabalho a se fazer para reduzir os níveis inaceitáveis de pirataria", disse Robert Holleyman, presidente e diretor-executivo da BSA. "Esses prejuízos significativos têm um impacto negativo na geração de empregos na indústria de tecnologia, nas receitas das empresas e nos recursos necessários para a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias."