A fabricante taiwanesa de placas-mãe Gigabyte quer expandir a atuação no Brasil. Para isso, a empresa, que abriu escritório no país em meados do ano passado, planeja criar um centro de serviços, suporte e treinamento até o ano que vem, o qual deve consumir investimento de US$ 1 milhão, apenas em infraestrutura e equipamentos. O centro também vai contratar 40 funcionários, que responderão pelo atendimento e o suporte aos clientes.
Com o escritório no Brasil, a Gigabyte passou a administrar todas as atividades de marketing e de vendas para seus distribuidores, o que antes era feito por meio de parceiros. "O mercado local é muito específico. Queremos ter mais pessoas treinadas no país", revela Henry Kao, vice-presidente global da Gigabyte, ao explicar os objetivos com a criação do centro.
O aporte na filial brasileira tem razões estratégicas. A empresa vê o país com um mercado muito importante e com grande potencial para expandir seus negócios. "O Brasil é um país prioritário para os planos de crescimento da Gigabyte. Queremos ter mais profissionais locais e nos aproximarmos mais do mercado. Um exemplo disso é que só neste ano eu já vim a São Paulo dez vezes e fui outras dez a Manaus", diz Kao. O executivo frisa que com os investimentos no país a meta é de ampliar a participação no mercado e proporcionar melhoria da qualidade do suporte, do fornecimento e das vendas e marketing.
Para este ano, a empresa estima vender 1,5 milhão de unidades de placas-mãe no país, o que, se confirmado, representará um aumento de 10% na comparação com 2008. Já em relação à receita, a companhia, após faturar cerca de US$ 150 milhões no país no ano passado, prevê crescer 20% neste ano e atingir receita de aproximadamente US$ 180 milhões.
Para suportar a demanda, a empresa irá ampliar a produção no Brasil, que é terceirizada para a Digitron, e trará novas placas para fabricação local. Uma das principais estratégias é introduzir placas-mãe no mercado para computadores high-end. Segundo Kao, existe um grande potencial para a compra de desktops de alto desempenho no país, devido à exigência maior capacidade dos computadores para suportar softwares e aplicações mais robustas.
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