O déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 6,74 bilhões, 22% acima do registrado em igual período de 2017, quando alcançou US$ 5,54 bilhões. O resultado é fruto das exportações que somaram US$ 1,32 bilhão, 8% abaixo das realizadas em igual período do ano anterior, e das importações que cresceram 15,5%, registrando US$ 8,1 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
A queda das vendas externas do setor no primeiro trimestre foi influenciada pela retração de um produto específico: aparelhos para filtrar líquidos. Ao excluir este equipamento, as exportações dos demais bens do setor aumentaram 5% no período citado. "Os resultados indicam a recuperação observada nos negócios do setor eletroeletrônico nos três primeiros meses do ano", observa o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
No mês de março, as exportações de produtos eletroeletrônicos somaram US$ 498,7 milhões, 27,1% abaixo das atingidas no mesmo mês do ano passado, também em função da queda nas vendas aparelhos para filtrar líquidos. Já as importações somaram US$ 2,69 bilhões no mês de março de 2018, 8,7% acima das atingidas em março do ano passado.
Ao analisar por regiões, a maior parte do déficit no primeiro trimestre ocorreu em função dos negócios com os países da Ásia (US$ 5,67 bilhões), sendo que somente com a China, o saldo negativo atingiu US$ 3,25 bilhões e com os demais países asiáticos somou US$ 2,42 bilhões.
A Argentina foi a única a apresentar superávit na balança comercial de produtos do setor, totalizando US$ 285,3 milhões, porém este resultado foi muito distante dos expressivos déficits registrados com as demais regiões.