No mercado de Social é fácil perceber que não é legal falar bem de si mesmo. Há uma cultura avessa ao "se vender". É quase um mandamento. Esse comportamento se reflete também nas empresas que tem como core serviços de marketing, por mais estranho que isso possa parecer. As companhias são cobradas por resultados, muitas vezes, imediatos, e torna-se essencial comunicar bem e com frequência sobre as conquistas obtidas, sem medo de ser feliz. Construir uma boa imagem como profissional, empresa ou agência é primordial.
Fazer esse trabalho de forma satisfatória não é tão difícil. Temos a possibilidade de saber, em tempo real, informações sobre a pessoa mais importante para as empresas: o cliente. As redes sociais mudaram a forma como consumimos esses dados, mas ainda lidamos com essas informações apenas para ações de marketing, sendo que elas propiciam muito mais. Essas informações são estratégicas e poderosas, capazes de definir os rumos de uma empresa, se analisadas atentamente.
Essa lógica parece óbvia, mas tornar os dados fáceis de entender e rápidos de visualizar é a chave dessa equação. Não adianta oferecer informações estratégicas em uma planilha de Excel, que demora mais de uma semana para ficar pronta. O momento já terá passado e o conteúdo ali já terá perdido valor. Além disso, a facilidade de entendimento é necessária porque aqueles que ocupam os cargos mais altos dentro das empresas e que, normalmente, são os responsáveis pela tomada de decisões, entendem pouco ou nada de Social. Logo, se os dados não estiverem disponíveis de forma clara e em tempo real, serão desperdiçados. O mundo dos negócios, principalmente na área de tecnologia, é muito dinâmico.
É fácil reclamar que o Social não é valorizado dentro das empresas quando não facilitamos a leitura dos dados obtidos. É como entregar um mapa do tesouro criptografado – nada será feito e ninguém nunca saberá a oportunidade que esteve logo a frente. Investir em relatórios e dashboards real time que entregam com praticidade as informações mais relevantes é primordial para quem quer ter o seu trabalho de Social valorizado e trazendo resultados para o seu cliente. Caso contrário, todos saem perdendo. A marca, que perde grandes chances de ampliar o mercado, conquistar consumidores e obter insights; o consumidor, que não será ouvido da forma como deveria; e a sua empresa, que não será reconhecida (e remunerada!) como merece.
Diego Monteiro, co-fundador do Scup e autor do livro "Monitoramento e métricas de mídias sociais: do estagiário ao CEO".