A evolução contínua do mercado de comunidades virtuais tem levado grande parte das empresas em todo o mundo a direcionar suas estratégias para a "geração virtual", fornecendo ferramentas de redes sociais para clientes e prospects, de acordo com um estudo recém-divulgado pelo Gartner.
Ao contrário das gerações anteriores (a geração Y, por exemplo), a geração virtual (ou geração V) não é definida por idade, ou gênero social e geográfico, mas baseia-se no crescente costume da utilização dos meios digitais para buscar informações, construir e compartilhar idéias.
O Gartner identificou quatro níveis de envolvimento da geração V, que incluem os criadores, os contribuintes, os oportunistas, e os observadores. Ao reconhecer esses níveis, as empresas podem aproveitar a sua influência para fins de marketing em suas operações, segundo Adam Sarner, principal analista do Gartner.
De acordo com a consultoria, até 3% dos indivíduos serão criadores, fornecendo conteúdo original e com a possibilidade de promoverem seus produtos e serviços. Outros 3% e 10% se classificarão como contribuintes ou seguidores – que como o próprio nome sugere contribuem para aumentar a conversa, mas não tomarão iniciativas. Os oportunistas estarão entre 10% e 20%, e serão aqueles que podem oferecer ainda mais contribuições relativas a decisões de compra.
A maior parte deles, cerca de 80%, serão os observadores (e todos os usuários começam como tal, essencialmente espectadores), que colhem os frutos da comunidade on-line, mas apenas observam o que está sendo comunicado. No entanto, eles podem contribuir implicitamente e validar indiretamente agregando valor ao restante da comunidade.
O Gartner recomenda que as empresas se apóiem nesses quatro níveis de envolvimento das comunidades, já que, segundo a consultoria, cada um tem valor comercial significativo, além de que cada abordagem irá ditar a tecnologia que será utilizada para apoiá-las. Ainda de acordo com o instituto de pesquisas, as organizações devem estabelecer metas e ter um plano para determinar o retorno do investimento (ROI). Muitas empresas entram em contato com as comunidades sem os objetivos claros quanto ao valor que fornecem aos clientes, ou seja, o que pode ter começado como uma maneira de se conectar com os clientes pode acabar danificando uma marca.