Entre os principais impactos ou conseqüências em caso de desastre, os que mais preocupam as empresas, pela ordem, são a perda de dados (60%), danos à fidelidade dos clientes e produtividade dos funcionários reduzida (46%), danos para a imagem da marca e na relação com os fornecedores (44%) e custo com tempo de inatividade (36%), de acordo com pesquisa encomendada à Applied Research pela Symantec, fornecedora de software antivírus.
Para o estudo, foram ouvidos 1.650 executivos da área de TI de empresas de vários setores da economia, nos Estados Unidos, Canadá, na região que engloba a Europa, Oriente Médio e África (chamada de EMEA), na Ásia-Pacífico, além de Brasil e México.
O levantamento quis saber também das empresas quais foram os motivos que levaram à necessidade de executar o plano de recuperação de desastres. No caso do Brasil e do México, 58% indicaram a falta de energia elétrica, 56% falha no hardware ou software, 54% as ameaças externas – vírus ou hackers –, 46% o erro do usuário/operador, 44% a perda ou vazamento de dados, 42% o gerenciamento dos problemas de TI e a má conduta dos funcionários e 38% as configurações (armazenamento, data centers, etc.) e trocas de gerenciamento dos problemas de TI, entre outros.
De acordo com a Applied Research, o tempo de inatividade de uma aplicação tem um alto custo para as organizações. Conforme a empresa, o custo médio por incidente é de US$ 287 mil em âmbito global e de US$ 297,5 mil no Brasil e no México. No caso específico destes dois países, o estudo indica que se leva em média de 3 horas a 4,25 horas para o reestabelecimento de todas as operações em caso de desastre.
O levantamento feito pela empresa para saber quanto custa, por hora, a inatividade de aplicações como correio eletrônico, data center, servidores de web, comércio eletrônico e ERP/CRM, no Brasil e no México, chegou a custos de US$ 3.150, US$ 5.125, US$ 5.150, US$ 5.250 e US$ 5.075, respectivamente. Por outro lado, revelou que os servidores de web, com 72%, data centers (68%) e correio eletrônico (64%) são os itens mais cobertos nos planos de recuperação de desastres das empresas brasileiras e mexicanas.
O estudo constatou ainda que a virtualização fez com que 74% das empresas revissem seus planos de recuperação de desastres. Mesmo assim, no caso do México e do Brasil, uma em cada cinco empresas declarou não ter feito testes em seu servidor virtual. Isso, sem falar que 16% dessas empresas admitiram não ter suporte para ambientes virtualizados. O dado positivo é que 60% dos servidores virtuais de empresas brasileiras e mexicanas estão incluídos nos planos de recuperação de desastres.
Entre as recomendações para reduzir os custos com tempo de inatividade, a Applied Research sugere a implantação de ferramentas de automatização que reduzam a intervenção humana; a adoção de métodos de simulação dos planos de recuperação de desastres que não provoquem interrupções; envolver os responsáveis pelas soluções de virtualização nos planos de recuperação de desastres, especialmente nas ações relacionadas a suporte e simulações; e dar aos ambientes virtuais a mesma importância dos aplicativos e servidores físicos.
- Recuperação de desastres