A Comissão Europeia aumentou a pressão sobre o Google ao apresentar novas provas na quinta-feira, 14, de seu suposto abuso de posição dominante por distorcer resultados de buscas para favorecer o seu próprio serviço de compras, e restringir anúncios de concorrentes.
"Precisamos de evidências fortes e de fatos para respaldar nosso caso, e agora temos mais evidências em nosso processo para apoiá-lo", afirmou a comissária europeia da concorrência, Margrethe Vestager, durante entrevista coletiva na qual informou sobre o envio de novas acusações contra o Google e a sua matriz, a Alphabet.
Em um dos documentos, o órgão antitruste amplia a acusação original feita em abril de 2015 segundo a qual o Google abusou de seu domínio ao favorecer de maneira sistemática seu comparador de compras nos resultados de buscas. No outro, a Comissão Europeia acusa a empresa de abuso de posição dominante por restringir artificialmente a possibilidade que páginas web de terceiros mostrem anúncios de buscas de concorrentes.
Vestager disse que o comportamento pode levar a que os consumidores não vejam os resultados mais relevantes de suas buscas, e que a possibilidade de escolha e inovação seja prejudicada quando o Google limita seus rivais da capacidade de postar anúncios.
Um porta-voz do Google disse que "as inovações e melhoras de produtos aumentaram a escolha dos consumidores do bloco e promovem a concorrência". Com informações de agências de notícias internacionais.