O Mercado Pago – banco digital do Grupo Mercado Livre – lança a pesquisa "Da cédula ao Drex: a evolução do uso do dinheiro em 30 anos", realizada pelo IBPAD – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados -, que revela tanto as percepções sobre o impacto do Plano Real, como a jornada financeira e de bancarização dos brasileiros. O estudo marca as iniciativas de letramento financeiro do banco digital em comemoração aos 30 anos do Real.
Segundo o levantamento, 66% dos brasileiros se consideram total ou parcialmente incluídos financeiramente. Como impacto do aumento da inclusão de serviços financeiros, a pesquisa identificou que, dos entrevistados, 78% já possuem conta em alguma instituição financeira. O estudo ainda revela um dos principais vetores que motivaram a porta de entrada para a inclusão financeira: a abertura de conta.
De acordo com o levantamento, 35% dos brasileiros abriram sua primeira conta para receber salário ou bolsas, mas as inovações em pagamentos também foram alavancas, já que 32%, ou seja, responderam que abriram sua primeira conta para receber e fazer Pix.
"O brasileiro sente que tem cada vez mais acesso a serviços e produtos financeiros. Importante dizer que hoje também há uma grande oportunidade para ampliar o uso dessas soluções em prol do desenvolvimento econômico da população", analisa Ignácio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil. "O Plano Real foi um importante vetor de alavancagem da jornada financeira dos brasileiros, uma vez que 77% – que opinam sobre a moeda – acreditam ter obtido mais acesso a produtos financeiros nesse período", complementa o executivo.
Desafios para ampliar o uso de serviços financeiros
Os brasileiros que afirmam se sentirem excluídos financeiramente (34%), dizem que o principal motivo para a percepção de exclusão financeira está ligado ao acesso ao crédito. A conclusão se dá, uma vez que, quando perguntados porque se sentem pouco ou nada incluídos financeiramente, as três respostas mais apontadas são relacionadas a acesso à crédito, consolidando 73% das respostas.
Maioria dos brasileiros ainda não investe
"Nosso desafio é seguir oferecendo soluções financeiras cada vez mais simples, seguras e rentáveis", diz Estivariz. Dos 63% que não investem, 54% afirmam não aplicar por falta de dinheiro. Entretanto, 78% indicam ter algum recurso sobrando todos os meses. Ou seja, grande parte não visualiza a possibilidade de investimento de valores baixos e durante um período curto de tempo. O Estudo mostra que 15% não sabem por onde começar e 12% acham complicado / difícil.
A pesquisa também mostra que a poupança é a aplicação mais conhecida pelos entrevistados (90%) e também a modalidade de investimento mais usada (45%) sendo a única com penetração acima de 30% em todas as classes sociais.
O sonho da casa própria, listada como primeiro entre os motivos para investir, é apontado por 25% dos brasileiros. Já 22% começam a investir sem ter um plano específico.
Memória do Real
De acordo com o levantamento, 38% dos brasileiros se lembram de quando a moeda mudou do Cruzeiro Real para o Real. Já 30% não se recordam, mas afirmam conhecer a história. Outros 32% não se lembram.
A pesquisa ainda mostra que 48% dos entrevistados acreditam que a nova moeda refletiu em mais estabilidade financeira para ele e sua família. Para 52% o seu poder de compra aumentou com a mudança.
O papel dos bancos digitais
A pesquisa também analisou a relação dos brasileiros com os bancos digitais e buscou mapear quais as principais razões para abertura de contas em fintechs e neobanks: para 34%, o motivo principal é ter conveniência de resolver tudo online sem precisar ir a uma agência física, 31% afirmam que o principal motivo para recorrer aos bancos digitais foi a burocracia reduzida para acessar serviços bancários, como transações via Pix, e 28% responderam que o fator principal é a ausência de taxas.
Quando o assunto é investimento, 58% dos brasileiros entendem que suas aplicações em bancos digitais rendem mais do que nos bancos tradicionais e 62% acreditam que investimentos em bancos digitais podem ser resgatados com mais rapidez.
O futuro dos meios de pagamento
A pesquisa revela ainda que, para 50% dos brasileiros, o papel moeda vai acabar em dez anos. Já 36,5% veem a criação de uma moeda digital única como benéfica para o país.
Dados completos da pesquisa podem ser acessados neste link.
Metodologia/Amostra: o campo foi realizado pelo IBPAD por meio de painel online, com mais de duas mil pessoas, entre os dias 19 e 24 de junho.