Web 2.0 exigirá revisão das políticas de segurança de TI nas empresas, diz Gartner

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A adoção de tecnologias de web 2.0 pelas empresas tem colaborado com os negócios de maneira sem precedentes. Apesar disso, elas trazem consigo riscos significativos para a segurança, de acordo com estudo feito recentemente pelo Gartner. Embora tais riscos sejam gerenciáveis, o instituto de análises e pesquisas observa que isso é possível somente se, desde o início, as companhias vincularem segurança ao processo e construírem uma base sólida para suportar a web 2.0, limitando riscos.

Durante palestra nesta quarta-feira (15/8) no Gartner IT Security Summit, realizado em Sydney, na Austrália, o sócio vice-presidente do Gartner, Joseph Feiman, disse que apesar de a maioria das tecnologias de web 2.0 não serem novas, muitos dos conceitos funcionam ao contrário das práticas tradicionais de segurança de TI. ?Usando e participando desses serviços online e das poderosas comunidades empresariais as pessoas abdicam de um nível de controle que historicamente elas não tolerariam.? E isso, segundo ele, está levando as empresas a repensarem suas estratégias de segurança.

Um estudo recente do Gartner verificou que a maioria das organizações tem um longo trabalho pela frente no sentido de desenvolver uma estratégia para a web 2.0, mas, ao mesmo tempo, constatou que são poucas aquelas preparadas para executar essa estratégia. O Gartner prevê que até o fim deste ano, 30% das grandes companhias terão algum tipo de iniciativa de negócio apoiada na web 2.0. Em sua apresentação sobre segurança na web 2.0, Feiman observou que os desafios criados por essas novas tecnologias poderiam ser divididos em duas categorias: proteção dos usuários internos e da empresa, e proteção às aplicações externas.

O desafio interno é caracterizado por riscos direcionados para dentro da companhia, tais como códigos maliciosos em RSS, e riscos dirigidos para fora, tais como o vazamento de informações devido ao uso impróprio de blogs ou do uso de ferramentas de colaboração. Os desafios externos são as ameaças geradas pelo uso e participação na web 2.0, tais como o uso de conteúdos externos (mashups) e a adesão a comunidades de usuários abertas.

De acordo com o Gartner, a natureza aberta da web 2.0 também apresenta desafios significativos para as empresas controlarem a propriedade intelectual e de conteúdo. O vazamento de informação para fora pode ocorrer de várias maneiras, tais como blogs, mensagens instantâneas, ferramentas de colaboração e calendários online. Do mesmo modo, qualquer conteúdo servido por uma aplicação web 2.0 pode ser reformatada, reusada e redistribuída para terceiros, tornando praticamente impossível o controle de conteúdo. Isso pode incluir a liberação de informações sigilosas à imprensa, listas de preço, vídeo e áudio, que podem ser rapidamente difundidos através da internet.

Estes e outros temas relacionados a como a tecnologia pode impulsionar o negócio e os cuidados que as companhias devem adotar para se beneficiar da web 2.0, sem correr riscos, serão abordados na 12ª Conferência Anual Futuro da Tecnologia, promovida pelo Gartner nos próximos dias 21 a 23 de agosto, em São Paulo.

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