Os pequenos provedores de serviços de internet e telecomunicações – cerca de 3 mil empresas, espalhadas por todo o Brasil – terão um papel importante na implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Para atender às necessidades desse segmento, o CPqD anunciou que está estabelecendo parcerias e oferecendo soluções de software específicas para pequenos provedores, na modalidade de serviço.
Uma delas é um sistema de inventário da rede interna e externa do provedor. Trata-se de um sistema georreferenciado que automatiza a operação e a supervisão da infraestrutura de rede do prestador de serviços, facilitando o gerenciamento. Segundo o CPqD, a vantagem da oferta desse sistema no modelo de serviço está no custo acessível para o pequeno provedor, que paga uma taxa mensal pelo seu uso, sem necessidade de grande investimento inicial, que aumentaria conforme o crescimento da base instalada de clientes.
No caso das prefeituras, a ideia é oferecer soluções por intermédio de parcerias com os provedores de serviços. "Essa iniciativa inovadora do CPqD abre novas oportunidades para o pequeno provedor de internet local, permitindo que ele desempenhe um papel mais amplo na execução do PNBL", diz Ricardo Lopes Sanchez, presidente da Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrappit). "Além da conexão à rede (última milha), esse provedor poderá oferecer aos municípios uma ferramenta de gestão da educação, com atendimento e suporte local."
Segundo Sanchez, com a implantação do PNBL, a quantidade de acessos à internet deverá mais do que duplicar no país. "E isso vai exigir a capacitação e a disponibilidade de ferramentas para os pequenos provedores, o que torna importante essa aproximação com o maior centro de pesquisa e desenvolvimento em TICs da América Latina", diz.
No mês de julho, representantes de cinco desses provedores, dos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, estiveram no CPqD para participar de um workshop de dois dias, no qual tiveram a oportunidade de conhecer o sistema de inventário da rede interna e externa. "Estamos buscando tecnologia e conhecimento para atender às necessidades de crescimento, não só do mercado, mas também do nosso portfólio de serviços", diz Mario Junior, gerente de TI de um provedor do interior de Minas Gerais, que participou do workshop no CPqD.
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