Pela primeira vez, tecnologia é "força externa mais importante" para CEOs, aponta estudo

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A tecnologia está no topo das preocupações dos CEOs como "força externa mais importante" pela primeira vez, de acordo com o Global CEO Study, realizado há dez anos pela divisão de consultoria da IBM. Foram ouvidos mais de 1,7 mil CEOs de 18 segmentos de mercado em 64 países, sendo 84 deles no Brasil.

No país, contudo, a tecnologia aparece como ponto importante na terceira colocação, atrás de capital humano e fatores de mercado. Mesmo assim, é citada por 73% como um fator-chave de investimento, uma elevação de 44 pontos percentuais em relação à edição de 2010 do levantamento.

De acordo com Roberto Ciccone, líder da Cosultoria da IBM Brasil, só o fato de reconhecer a mão de obra como um entrave contribui para que as companhias busquem maneiras de capacitar profissionais a fim de não perder as expectativas de mercado, especialmente na área de TI.  "Os executivos brasileiros estão ganhando acima da média de mercado, e cada vez há mais incentivos como a vinda de profissionais do exterior. Esse intercâmbio, que antes acontecia lá fora, contribui para o aumento do conhecimento de nossos profissionais", defende Ciccone.

Para o líder de consultoria da IBM na América Latina, Jesus Mantas, o resultado do levantamento no Brasil prova que a tecnologia em si não é capaz de gerar inovação. "Defendemos a implantação de tecnologia integrada aos processos de negócios e pessoas. Apenas a TI não funciona sem a devida operação", afirma. Além disso, a economia conectada traz um cenário favorável para a troca de conhecimento.

A necessidade de conexões, por meio de parcerias avançadas, também foi citada como um ponto forte na estratégia das empresas globais. Dos CEOs consultados em todo o mundo, 53% e 52%, planejam investir em colaborações internas e com terceiros, respectivamente. O Brasil se mostra a par destas tendências, com índices locais de 50% e 49% – evidenciando a importância da troca de experiências.

A tecnologia é a principal aliada para isso. Os canais digitais permanecem com grande importância para detectar demandas de clientes e parceiros. Em relação à última edição do estudo, sites na web tiveram uma pequena elevação no nível de interesse para o estabelecimento de contatos, com cerca de 40%. As redes sociais, contudo, saltaram de 14% como 60% nas menções dos executivos. "É evidente a necessidade da tecnologia para levar à inovação e, cada vez mais, ela estará envolvida nos processos de negócio, assim como já faz parte de nossos comportamentos", defende Ciccone.

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