Na minha área de atuação de armazenamento de dados, faço uso constante de analogias e busco fugir de clichês. Creio que, por isso, a associação entre dados e petróleo me incomoda tanto. Atuo nessa área desde 2006 e tenho acompanhado a criação de conceitos para novos fatos, tal como, da decorrência da explosão de dados, foram criados a big data, data lake etc. E, com o boom da IA, a ideia de associar o dado, o valor da informação, a um combustível fóssil ganhou força. Li inúmeras vezes que o dado era o novo petróleo da humanidade.
Por definição, o petróleo é um recurso natural não renovável, com um processo de extração extremamente complexo e gera um alto impacto ambiental, social e corporativo (#ESG). A pergunta-chave é: viveríamos sem ele? A resposta é sim! Diversos países já vêm investindo em alternativas de combustível e de energia como álcool no Brasil, por exemplo, assim como assistimos à comercialização já consolidada de veículos movidos à eletricidade. Ainda, estão sendo implementadas novas fontes de energia, tais como: eólica, solar, biomassa e geotérmica. Em substituição ao plástico, há um esforço da indústria no desenvolvimento de fibras naturais biodegradáveis.
Ou seja, a meu ver, a comparação de dados com petróleo não se justifica. Pois, a IA como exemplo de futuro e modernidade dos dados, permite inovação em pesquisas graças à sua automação de acesso aos dados e de processos; possibilita a criação de novas profissões e atividades relacionadas à gestão do dado e abre inúmeros caminhos no que tange conhecimento e sofisticação da informação. Dados são renováveis, insubstituíveis e seus derivados são essenciais para qualquer negócio.
Para mim, os dados poderiam ser associados à água. Embora finita, a água é essencial à vida no planeta e, consequentemente, afeta a todos os setores da economia. Da mesma forma, os dados são valiosos, renováveis e, mesmo quando não estão em seu estado mais puro, podem ser filtrados, tratados e reutilizados.
Dada à devido importância aos dados, seguem aqui algumas tendências e formas de tratar, cuidar e assegurar sua longevidade:
- Proteja seus dados – Dados vazados, corrompidos ou adulterados podem causar grande impacto pessoal e profissional. Criar estratégias de proteção é vital para a guarda e extração de valor dos dados coletados. Uma tecnologia emergente indicada pelo Gartner é o #cyberstorage, que envolve soluções de armazenamento e integram tecnologias para identificar, proteger, detectar, responder e recuperar de ataques de ransomware. Segurança desde a concepção e coleta dos dados.
- Armazenamento gerenciado – Outra grande tendência na área dos dados é o "Data Storage Management Services", um conjunto de ferramentas para gerenciamento de dados que abrange provisionamento, configuração e verificação de disponibilidade de dados estruturados e não estruturados, garantindo que atendam às necessidades dos negócios.
- Tenha fontes "anywhere" – Ter um recurso essencial sempre próximo, garantido em pureza e abundância, é fundamental. Uma tendência promissora, facilitada pela adoção da inteligência artificial, é o conceito de acesso "anywhere" por meio da tecnologia de "Hybrid Cloud File". Isso permite o acesso a dados por usuários e aplicações de qualquer infraestrutura, sincronizando de forma transparente o mundo on-premises e a nuvem pública.
Isso possibilita, por exemplo, que o agro extraia valor de imagens de campos de plantação geradas por drones de maneira rápida e eficiente, sem necessidade de envio a data centers centralizados ou provedores de nuvem, evitando impacto de latência e banda. E em um ciclo posterior, permite o treinamento de grandes modelos de linguagem em "hyperscales" com esses mesmos dados, criando um ecossistema vivo e inteligente de mobilidade das informações.
Em resumo, enquanto o petróleo pode ter sido o ouro negro do século passado, os dados são a água cristalina deste século. Portanto, devemos cuidar do dado desde sua concepção e origem, passando por como ele é utilizado e acessado, onde e como é armazenado e como está sendo protegido.
Marlon Menezes, engenheiro de sistemas da Nutanix.
Excelente reflexão sobre o valor dos dados e a comparação com o petróleo! Concordo plenamente que a analogia não se aplica, pois, diferentemente do petróleo, os dados são recursos renováveis e essenciais para a inovação contínua. A inteligência artificial está transformando como interagimos com dados, permitindo a automação e a análise profunda que revelam novos padrões e oportunidades de negócio. A água é, de fato, uma comparação mais adequada – vital, renovável e fundamental para todos os setores econômicos.
Além disso, a proteção e a gestão eficaz dos dados são cruciais para extrair seu verdadeiro valor. Com as tendências emergentes como cyberstorage para segurança robusta e soluções de armazenamento gerenciado, estamos vendo avanços significativos na forma como os dados são armazenados e acessados. O conceito de "Hybrid Cloud File" está facilitando o acesso a dados de qualquer lugar, promovendo maior flexibilidade e eficiência.
Na inQuesti, entendemos a importância de tratar os dados como um ativo estratégico e trabalhamos para garantir que sua proteção, gerenciamento e utilização sejam otimizados. Se você está interessado em explorar como maximizar o valor dos seus dados e implementar as melhores práticas de gestão, visite nossa página https://inquesti.com.br/servicos/analise-de-dados/ e veja como podemos ajudar a transformar seus dados em um verdadeiro diferencial competitivo.