Em quatro anos, o Brasil será, ao lado do México, o principal mercado de TI da América Latina. Segundo estudo do Gartner, os gastos com tecnologia na região devem atingir US$ 293 bilhões até 2013, ante US$ 219 bilhões registrados em 2007. A região será o segundo maior mercado emergente de TI do mundo, atrás apenas da Ásia, com receita de US$ 620 bilhões nos próximos quatro anos.
Até o fim do período, a consultoria estima que os gastos mundiais com TI cheguem a US$ 3,67 trilhões, sendo que 36,4%, ou US$ 1,34 trilhão, virão dos chamados mercados emergentes, região que compreende Ásia, África, América Latina, Oriente Médio e Leste Europeu.
O vice-presidente do Gartner, Donald Feinberg, acredita que o Brasil será o país que terá o maior avanço nos orçamentos de TI da América Latina, atraindo a atenção de investidores, fornecedores e desenvolvedores do mundo inteiro para a região. Ele acha que o México e Brasil, juntos, serão responsáveis por cerca de US$ 200 bilhões nos próximos quatro anos, por mais que o México não tenha apresentado uma boa recuperação perante a crise mundial.
Feinberg conta que o Brasil foi um dos países que se saiu melhor durante o período de recessão econômica e, enquanto os demais mercados terão que esperar até 2010 para ver algum resultado positivo, o mercado brasileiro já pode contar com sinais sérios de recuperação já no fim deste ano.
A consultoria avalia ainda que, pelo quinto ano seguido, a prioridade dos CIOs na América Latina será para as soluções de business intelligence (BI). O vice-presidente do Gartner afirma que, apesar do constante movimento e da pouca alteração no ranking das preocupações em TI, a região ainda precisa de "expertise em BI". Feinberg aponta que essa deficiência tem levado as empresas a procurarem serviços terceirizados, mas o quadro deve começar a mudar em três ou quatro anos.
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