Quase 80% das fábricas desativariam solução de cibersegurança para não ter a produção afetada

0

O relatório de 2022 da Kaspersky mostrou que 78% das indústrias desativariam sua solução de cibersegurança caso ela afete a produção ou os sistemas de automação. Essa conclusão é preocupante, ao mostrar que as organizações precisam entender as consequências dessas ações e buscar alternativas para balancear segurança e continuidade da produção. Com isso, a Kaspersky mostra como atingir esse equilíbrio.

Evitar a inatividade da produção é um fator-chave no setor industrial, pois estima-se que o tempo parado custa às indústrias até R$ 8.5 milhões. Por isso, muitas organizações consideram um desafio conciliar a produtividade e proteção sem que uma afete a outra — e as empresas acabam tendo que optar por uma delas.

A pesquisa aponta que, além dos 78% que tendem a desativar a solução de proteção, 89% tomam a decisão extrema de trocar a solução de segurança, enquanto 67% das empresas preferem alterar seus sistemas de produção e automação para evitar conflitos. Porém, todas as organizações consultadas tentam revisar as configurações de segurança para evitar o problema.

"Um dos principais problemas é que as empresas acabam usando a mesma solução de segurança corporativa no ambiente industrial. TO e TI trabalham de diferentes maneiras. Por exemplo, se o programa encontra um ransomware, ele irá bloquear os processos para impedir que a ameaça se espalhe. Nos sistemas industriais, isso significa parar a produção e os problemas que a pesquisa traz. A solução mais simples é escolher um programa de segurança desenhado para o ambiente industrial que saberá líder com o problema sem paralisar a operação", explica Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.

Outra situação de segurança interessante que a pesquisa revelou é o desafio com os sistemas legados (aqueles que não tem mais o suporte da fabricante para atualizações e correções) — eles também são um elemento que pode gerar conflitos com a segurança. Segundo o levantamento da Kaspersky, 12% das empresas afirmam ter sistemas que não podem ser mais atualizados e faz com que as organizações precisem lidar com essa plataforma obsoleta e vulnerável sozinhas.

"No passado, os sistemas trabalhavam de forma diferente, e acreditava-se que os principais processos de negócios de uma indústria ficariam iguais durante todo o ciclo de vida do equipamento, com exceção de mudanças ocasionais nas configurações. Porém, não foi o que aconteceu. Hoje, tanto a automação quanto a transformação digital dessas plantas estão supermodernas e precisam se adequar às mudanças frequentes", contextualiza Rebouças. "Porém, muitas soluções corporativas não suportam esses ambientes legado. Esta é uma situação que pode ser resolvida solicitando ao fabricante quais sistemas operacionais a solução dele suporta — e avaliar somente as tecnologias que sejam aderentes às necessidades da organização."

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.