O empreendedor baiano André Barretto em 2019, às vésperas da pandemia, abriu a Unike Technologies, uma startup com sede em São Paulo dedicada ao uso de biometria facial para, nas palavras dele, facilitar o vaivém de pessoas. "Somos uma 'frictech', uma empresa de tecnologia dedicada a reduzir atritos em operações simples do dia a dia", diz Barretto. Em 2021, o negócio bombou. O faturamento da Unike saltou 3.078% e fechou o ano em 10,5 milhões de reais.
A tecnologia desenvolvida por Barretto combina câmeras e algoritmos para relacionar a imagem do rosto de alguém a outros dados, como contas bancárias. Tudo isso para limar a necessidade de tirar um cartão de crédito do bolso para pagar por um produto.
Na quarentena, Barretto passou a vender a lojistas ansiosos por soluções para convencer os clientes a sair de casa. Em outra frente, criou produtos específicos para nichos. Um deles foi o de indústrias interessadas em trocar o cartão de ponto dos funcionários pela biometria. Outro foi para empresas de logística em busca de agilidade no delivery. "Estávamos na hora certa, no lugar certo e com o produto certo", diz. A volta dos eventos presenciais trouxe novos clientes para a Unike. É o caso de cinemas e de parques temáticos — o Beach Park, complexo aquático no Ceará, é um deles.
Com a inovação, o resort foi vencedor do prêmio TOTVS Brasil que Faz 2022, que reconhece o desenvolvimento de cases de digitalização em empresas nacionais. "Essa premiação é mais uma confirmação que a tecnologia da UNIKE eleva o ganho operacional e o impacto financeiro das empresas", analisa.