A camada de ozônio é um dos ativos mais importantes da Terra. Mas por que ela é tão importante para a sobrevivência da espécie humana? Para começar, é significativo descrevê-la como uma faixa de gás ozônio (O3) localizada na estratosfera, entre 15 e 50 quilômetros acima da superfície da Terra. Seu papel é proteger o planeta ao absorver os raios ultravioleta, que podem causar queimaduras solares e outros efeitos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
O dia 16 de setembro se torna uma ocasião propícia para destacar e enfatizar a importância desse elemento. Nessa data, é comemorado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, dia em que são promovidas várias iniciativas para sua proteção. Principalmente, há um apelo para a proibição de substâncias e gases que têm um efeito prejudicial sobre a ozonosfera e gerar uma maior conscientização para o desenvolvimento de um ambiente mais sustentável.
Há quatro décadas, cientistas da Universidade da Califórnia identificaram os primeiros sinais de danos à camada de ozônio. A pesquisa revelou que os aerossóis e refrigerantes contendo clorofluorcarbonos (CFCs) estavam danificando a ionosfera ao liberar átomos de cloro que atacavam diretamente as moléculas de ozônio, diminuindo sua quantidade.
Posteriormente, outros cientistas britânicos confirmaram a existência de um grande buraco na camada de ozônio da Antártica, atribuído, em grande parte, ao uso descontrolado de aerossóis nocivos. Essa situação levou à ação dos setores público e privado para limitar o uso das substâncias e desenvolver iniciativas para restaurar a ionosfera ao seu estado natural.
Uma das mais importantes foi a assinatura do Protocolo de Montreal, do qual participaram quase 100 países. Esse acordo estabeleceu medidas concretas para reduzir a produção e o uso de substâncias que danificam a camada de ozônio, bem como para promover alternativas mais sustentáveis. Além disso, o Protocolo serviu como um exemplo inspirador para futuros esforços internacionais de combate às mudanças climáticas.
Os resultados dessa iniciativa foram altamente satisfatórios, considerando que a camada de ozônio está se recuperando gradualmente. Estima-se que, até 2040, ela terá atingido níveis semelhantes aos registrados no início da década de 1980. No entanto, ainda há desafios para atingir as metas propostas.
"A mudança climática apresenta um desafio adicional. Com o aumento das temperaturas globais, espera-se que a demanda por sistemas de refrigeração e ar-condicionado cresça, o que pode levar a um aumento na produção de gases de efeito estufa. Esses gases, embora não afetem diretamente a camada de ozônio, contribuem para o aquecimento global e, portanto, podem ter efeitos indiretos sobre a camada de ozônio", afirma Marcos Matias, presidente da Schneider Electric para o Brasil.
Que outras medidas podem ser tomadas para conservar a camada de ozônio?
Além da implementação de regulamentações e restrições para eliminar gradualmente o uso de substâncias que destroem a camada de ozônio, como os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), é necessário estabelecer estratégias de conscientização e educação. Essas estratégias devem ser focadas no desenvolvimento de práticas sustentáveis que sejam consolidadas para garantir um futuro mais saudável e sustentável para o nosso planeta.
"Há várias alternativas que nós, do setor, podemos adotar para esse fim. Em primeiro lugar, a digitalização nos oferece uma grande oportunidade de modernizar os sistemas de produção. Um elemento que não apenas nos ajuda a ser mais produtivos, mas também nos permite estabelecer uma estratégia de sustentabilidade eficaz. A adoção tecnológica oferece alternativas para fazer melhor uso dos recursos e aumentar os indicadores de eficiência energética. Dessa forma, podemos reduzir as emissões."
Para entender e reduzir seu impacto ambiental, as organizações podem usar ferramentas que gerem relatórios em tempo real, permitindo a tomada de decisões informadas. A Schneider Electric revelou recentemente uma ferramenta gratuita chamada Lifecycle CO2e TradeOff, que calcula com precisão a pegada de carbono total dos data centers, incluindo suas emissões de Escopo 1, 2 e 3. Com essa solução, as empresas podem medir sua pegada de carbono total, incluindo seus serviços terceirizados de provedores de serviços em nuvem e colocação.
Da mesma forma, as empresas podem estabelecer sinergias colaborativas com um amplo propósito sustentável, a partir do qual é possível propor e implementar planos de ação para promover modelos de trabalho verdes. Um exemplo disso é o movimento "Agentes de Impacto", que foi criado pela Schneider Electric para ajudar as organizações em seus esforços de sustentabilidade. Uma iniciativa que busca oferecer acesso a eventos, workshops, colaborações, conteúdo e reuniões com nossa equipe de especialistas, com o objetivo de maximizar o impacto sustentável das empresas.
Essas propostas ajudam a consolidar uma estratégia de sustentabilidade alinhada com as demandas da dinâmica atual dos negócios. A partir delas, podem ser estabelecidas metas para retornar a camada de ozônio ao seu estado natural.