A adoção de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) está se tornando cada vez mais relevante para as empresas em todo o mundo. Uma pesquisa global conduzida pela EY revela que a impressionante marca de 99% dos investidores considera ativamente as divulgações ESG como um fator crucial em suas estratégias de investimento. Adicionalmente, as empresas que abraçam de maneira proativa essas práticas sustentáveis e sociais não apenas trilham um caminho ético, mas também têm exibido consistentemente um desempenho financeiro superior em relação aos seus pares de mercado.
O ESG engloba três áreas fundamentais. Em primeiro lugar, o aspecto ambiental refere-se à gestão responsável dos recursos naturais, a redução das emissões de carbono, a adoção de energias renováveis e a preservação dos ecossistemas. Isso corrobora com o compromisso que diversas empresas brasileiras assumiram para atingir as metas propostas pela agenda 2030 da ONU.
Em segundo lugar, o aspecto social abrange a promoção da diversidade e inclusão, a valorização dos direitos humanos, a segurança dos trabalhadores e a contribuição para as comunidades locais. Por fim, o aspecto de governança diz respeito à transparência, à ética corporativa, à responsabilidade fiscal e à qualidade da gestão.
Ainda assim, apenas 47% das empresas participantes da pesquisa Panorama ESG Brasil se consideram referência em ESG. A Tech do Bem, startup que busca conectar pessoas, empresas e instituições, vem para mudar isso, através da tecnologia, está usando os hackathons, evento que reúne pessoas para desenvolver programas e softwares, para educar jovens e trazer benefícios sociais ao mesmo tempo. "Um dos nossos principais focos tem sido desenvolver soluções tecnológicas para projetos sociais que promovem a inclusão, diversidade, igualdade de oportunidades e maior acesso à educação e informação. Damos prioridade para projetos sociais e instituições que beneficiam comunidades periféricas e grupos de pessoas desfavorecidas", explica Mariana Kobayashi, co-fundadora do projeto.
Usando o ESG para melhorar vidas
Para isso, estão criando parcerias e eventos em locais de fomento ao impacto social e à educação. "Por exemplo, nosso principal parceiro, os Caçadores de Bons Exemplos, vêm nos ajudando a organizar o Hackathon do Bem, nosso evento carro-chefe que contou com a sua primeira edição em Brasília, no Impact Hub, uma rede global de negócios sociais. A segunda edição do evento ocorreu em Recife, na Cesar School, pioneira em metodologias de ensino inovadoras. Dessa forma, aliamos tecnologia e ESG, o que deve mover as empresas nas próximas décadas. Hoje em dia, as empresas estão sendo observadas de perto por muitas pessoas, e seguir os princípios do ESG mostra que são mais sólidas, se preocupam com seus custos para a sociedade e meio ambiente, têm uma boa reputação e são mais capazes de enfrentar incertezas e dificuldades", mostra Raphael Santos Marques, co-fundador da Tech do Bem
Fora o aspecto social, a vertente ambiental também é uma prática necessária para o ESG. "Ainda em 2023, vamos apoiar o Hub Periférico, aceleradora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) nas favelas e periferias de Pernambuco, na realização do seu Hackathon Tech4Climate. O evento conta com o apoio da Embaixada Britânica e abordará temas envolvendo sustentabilidade e meio ambiente", destaca Mariana.
Entender o ESG é o primeiro passo para construir um futuro sustentável com a ajuda da tecnologia
Além de promover o ESG em suas práticas, a Tech do Bem também ajuda outras empresas a construírem um futuro mais justo. "Com nossa experiência adquirida nos Hackathons do Bem e no contato com diversos projetos sociais de diferentes localidades brasileiras, realidades e setores de atuação, podemos fornecer orientações estratégicas para a implementação de práticas sustentáveis, programas sociais e políticas adequadas de conscientização dos funcionários. Atuamos como parceiros na identificação de oportunidades e consequente desenvolvimento de metodologias ágeis e serviços alinhados aos princípios do ESG, além de fortalecer a reputação, o desempenho financeiro e a transformação digital das empresas", revela Santos Marques.
Na prática, o ESG envolve a adoção de políticas e práticas que levam em consideração os aspectos ambientais, sociais e de governança. "Para atingir essas práticas, podemos nos basear nos ODS da ONU para estruturar nossas ações e projetos por meio dos seguintes passos: Você deve antes de mais nada entender os 17 ODS, suas 169 metas e quais delas tem sinergias com suas atividades. Em seguida defina prioridades que fazem mais sentido para seu negócio, colaboradores e público-alvo. Trace objetivos palpáveis para cada uma dessas metas identificadas. Defina métricas e indicadores para medir o avanço das metas e status dos projetos. Inclua esses indicadores e projetos nos processos da empresa, para que isso se torne perene e sustentável. E finalmente, mas não menos importante, comunique interna e externamente seus resultados e progressos", indica Kobayashi.
Os princípios de ESG são uma maneira de colocar as instituições nos trilhos das construções de uma realidade mais igualitária e acolhedora, para isso é necessário equilíbrio e união. "Gostaríamos de ressaltar a importância da colaboração e do diálogo entre as empresas, governos, sociedade civil e demais partes interessadas para impulsionar uma mudança positiva. O ESG não é apenas uma responsabilidade das empresas, mas sim uma responsabilidade compartilhada por todos os atores envolvidos. Ao unir esforços, compartilhar conhecimentos, e utilizar a tecnologia a nosso favor, podemos enfrentar os desafios socioambientais de forma mais eficaz e construir um futuro sustentável para as gerações futuras", finaliza Kobayashi.