O comércio eletrônico obteve crescimento de 49% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2006. O faturamento das empresas do setor somou R$ 2,6 bilhões, valor quase 5% acima da expectativa inicial da E-bit, consultoria de marketing online que realizou a pesquisa. O levantamento exclui a venda de passagens aéreas, automóveis e sites de leilão.
A E-bit atribui o crescimento a três fatores. O maior volume de vendas ? 45% acima do resultado de 2006 ? impulsionado pela entrada de novos e-consumidores (em dezembro de 2006, no Brasil, cerca de 7 milhões de pessoas já tinham experimentado a comodidade de comprar sem sair de casa, hoje já são mais de 8 milhões de pessoas que fizeram pelo menos uma compra pela rede). Além disso, cita o aumento da freqüência de compras por ?usuários? mais experientes aliado à escolha de produtos com maior valor agregado nos carrinhos dos e-consumidores.
Segundo a empresa, somente em maio deste ano, cerca de 11% das pessoas responderam que realizaram mais de dez compras nos últimos seis meses. E, se os e-consumidores compraram mais, eles também gastaram mais no primeiro semestre de 2007. A média do valor gasto nas lojas virtuais nos seis primeiros meses do ano ficou em R$ 296, aproximadamente 3% acima do registrado em 2006, mesmo com deflação de 1,92% no canal web, conforme levantado pelo índice e-Flation, indicador elaborado pela escola de negócios da Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com a consultoria Canal Varejo.
O mês de maior faturamento no 1º semestre foi maio, em que se comemora o Dia das Mães. Segundo a E-bit, o dia representou cerca de 19% do faturamento do semestre e registrou o maior número de vendas contabilizando mais de 1,6 milhões de pedidos. Os produtos mais escolhidos para presentear as mães foram livros, produtos de informática e eletrônicos, que representaram 15%, 11% e 9% respectivamente.
O balanço do semestre indica que o setor de e-commerce está crescendo e conquistando cada vez mais novos clientes. Cerca de 19% dos e-consumidores efetuaram sua compra na internet pela primeira vez. O índice de satisfação E-bit/PwC no semestre é de 87,15% sendo um dos maiores desde sua criação em 2000.
?Se cliente satisfeito é um indício de que as lojas virtuais têm correspondido às expectativas dos e-consumidores, esse fato pode ser comprovado quando vemos que 84% dos adeptos às compras virtuais disseram que voltariam a comprar na mesma loja onde já efetuaram alguma compra?, completa Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit.
Como em todos os anos, o Natal é a data mais aguardada pelos varejistas que aproveitam esse período para alcançar altos índices de faturamento e, até mesmo, recorde em vendas. Para as lojas virtuais, a estimativa da E-bit é que devem vender algo em torno de R$ 1 bilhão, o que, se confirmado, representará um crescimento nominal de 45% em relação ao mesmo período de 2006. O valor do tíquete médio deve ficar por volta de R$ 300.
Na avaliação da E-bit, no ranking dos produtos mais vendidos, a ?disputa? pelo topo deve ficar ainda mais acirrada, já que a escolha por produtos de maior valor agregado (tíquete médio alto) como eletrônicos, informática e telefonia celular, tem aumentado significativamente em detrimento da preferência por produtos mais baratos como títulos de CD, DVD e vídeo.
De acordo com a consultoria, todos os indicadores, tanto de satisfação dos clientes quanto do faturamento, tíquete médio e cumprimento dos prazos de entrega, apontam para um crescimento nominal de 45% em relação a 2006, o que significa um faturamento de R$ 6,4 bilhões até o fim do ano.