Na semana que vem, quando iniciar a operação comercial dos seus serviços de telefonia celular no estado de São Paulo, a Oi ja estará com praticamente a totalidade dos dados integrados por meio de uma nova plataforma de data warehouse. A estréia, que ocorrerá no dia 24, coincide também com o começo da terceira etapa da migração do sistema de data warehouse da Oracle, iniciada em 2007, para o da Teradata, que deve se estender até julho de 2009.
Quando finalizada, a operadora tera as três áreas cujas aplicações ainda nao foram migradas – financeira, arrecadãção e serviços pré-pagos – integradas ao novo sistema. Depois disso, o data warehouse da Oracle será totalmente "desligado".
O sistema da Oracle era muito limitado para oferecer o tipo de consulta personalizada que que a operadora necessita. Entre outras limitações, ele não era capaz de fornecer uma documentãção sobre as regras de negócio. "Como ele foi absorvendo os sistemas legados das concessionárias depois da privatização, acabou ficando muito pesado", conta a gerente de aplicação, operação e arquitetura da Oi, Vera Helena de Avila Duarte.
A executiva apresentou um estudo de caso sobre o projeto de migração durante o Teradata Partners User Group Conference and Expo, evento que reúne clientes e parceiros e que acontece de 13 a 16, em Las Vegas.
Antes da migração, a operadora trabalhava com duas bases de dados, uma para clientes residênciais e outra para empresas. Esse, por sinal, foi um dos estopins que levou a decisão de buscar uma solução que suportasse a demanda da companhia.
Vera conta que por volta de setembro de 2006 o projeto foi aprovado e, em janeiro de 2007, foi iniciado. O objetivo, segundo ela, além do aumento de qualidade das informações disponíveis para as áreas de negócio, era obter uma racionalização de custos.
A padronização do ambiente trouxe ganhos importantes para o negócio. Um deles, segundo a gerente da Oi, foi a redução da disponibilidade das informações sobre os clientes, que caiu de 11 horas, no sistema antigo, para cerca de 5 horas e meia. "A companhia ganhou agilidade na gestão da base de assinantes, alem de as áreas usuárias terem ganho flexibilidade para fazer as extrações que quiserem", afirma.
Outros benefícios obtidos com a implementação do data warehouse da Teradata, apontados por Vera, foram o fato de proporcionar uma visão única do negócio, ganhos de capacidade de processamento de dados, redução de 50% no volume de processamento em batch (lote), diminuição do time to market, ou seja, do tempo despendido desde o surgimento da idéia inicial até a entrada em operação de novos produtos e serviços e, principalmente, a facilidade para integracao de sistemas resultantes de fusões e aquições.
Este foi o caso, por exemplo, quando a operadora adquiriu a Amazônia Celular, cujos sistemas foram totalmente icorporados do data warehouse da companhia. E o mesmo deve ocorrer se a compra da Brasil Telecom pela Oi for concretizada, mas sobre isso a executiva se nega a fazer qualquer comentario.
O jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da Teradata.