Procura pelo seguro de riscos cibernéticos cresceu 880% nos últimos 5 anos – o que as empresas estão desenvolvendo para se proteger?

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De acordo com o Índice Global de Proteção de Dados (GDPI) quase seis em cada dez empresas brasileiras sofreram ataques ou incidentes cibernéticos que impediram o acesso aos seus dados em 2023. Isso explica o aumento do seguro de riscos cibernéticos nos últimos anos.

Segundo o levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) a procura por essa ferramenta cresceu 880% nos últimos cinco anos, passando dos R$ 20,7 milhões arrecadados em 2019 para R$ 203,3 milhões em 2023. Em comparação com o ano anterior a pesquisa (2022) o aumento foi de 17,1%.

"Soluções de segurança baseadas na nuvem podem usufruir de  tecnologias como a IA para monitorar e proteger ambientes em tempo real, oferecendo visibilidade e controle centralizados sobre múltiplas plataformas e serviços e ajudando nesse processo. Acredito que o conjunto proporciona uma abordagem poderosa para fortalecer a segurança cibernética", afirma Paulo Lima, CEO da Skymail, empresa destaque em serviços de e-mail corporativo, cloud computing e segurança digital.

Dados da empresa americana de análise de blockchain, Chain Analysis, afirmam que os hackers captaram US$ 1,1 bilhão com ataques ransomware em 2023 – valor recorde para esse tipo de crime e praticamente o dobro do prejuízo causado no ano anterior (US$ 567 milhões). Mas, como as empresas podem driblar esse cenário e qual o papel da tecnologia nesse contexto?

"E o investimento em provedores de nuvem é um caminho consolidado quando falamos em proteção de riscos cibernéticos pois, assim, as empresas usufruem de uma camada de infraestrutura que buscará as melhores soluções a fim de garantir a segurança das aplicações e dados nela hospedados" ,completa Paulo Lima.

Isso se comprova com os dados da Chain Analysis que indicam que cerca de 85% dos executivos brasileiros ouvidos acreditam que os dados utilizados para a IA generativa serão altamente distribuídos, aumentando, portanto, a preocupação sobre se estão adequadamente protegidos.

Thelma Valverde, CEO da eMiolo, uma startup de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções inteligentes e personalizadas para grandes corporações, ressalta que os softwares sob medida oferecem às empresas ferramentas essenciais para mitigar suas vulnerabilidades específicas, proporcionando maior controle sobre suas operações e dados.

"Os softwares customizados que desenvolvemos na eMiolo possibilitam a integração de sistemas de monitoramento avançados, mecanismos de resposta a incidentes e criptografia de dados em tempo real, elementos que garantem uma proteção mais eficaz contra ataques cibernéticos. Essa combinação entre a crescente demanda por seguros cibernéticos e o desenvolvimento de soluções tecnológicas sob medida é fundamental para assegurar não apenas a segurança, mas também a continuidade operacional das empresas, especialmente em um cenário de vulnerabilidades crescentes", afirma Thelma.

Com o aumento do vazamento de dados, há uma preocupação maior das empresas, principalmente em relação à vulnerabilidade e tratamento de informações sensíveis que afetam diretamente os consumidores. Para Ricardo Maravalhas, CEO e fundador da DPOnet, empresa  que nasceu com o propósito de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), hoje as empresas de diversos segmentos e portes estão mais preocupadas com a jornada dos clientes, principalmente em meio aos vazamentos que ocorrem com frequência. "As organizações que  trabalham com soluções que tratam os dados e atuam em conformidade com a LGPD não apenas assumem uma responsabilidade ética, como também fortalecem a reputação e a relação com os consumidores", afirma Maravalhas.

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