O faturamento das empresas com comércio eletrônico no Brasil deve ultrapassar a casa dos 30% em 2006, em relação a este ano, segundo projeções da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), com base em estudos de mercado.
A entidade estima que o Brasil terá 6,8 milhões de compradores on-line em 2007, com um volume de negócios bastante expressivo. Dados da Câmara-e.net mostra que consumidor on-line brasileiro gasta em média R$ 330 anuais, enquanto nos Estados Unidos a média não passa de US$ 50 ao ano.
Eduardo Favaretto, diretor do iBuscas, gestor de soluções on-line, diz que o e-commerce no país ainda não está consolidado. ?Estamos engatinhando. Para os que aposta na diferenciação, com profissionalismo, sem dúvida, o segmento está em evolução e a tendência é crescer?, avalia.
De acordo com a International Data Corporation (IDC), no Brasil, o setor tem apresentado índices crescentes. Em 2001, as vendas diretas ao consumidor (B2C-Business to Consumer) fecharam em US$ 809 milhões; em 2002, subiram para US$ 1,2 bilhão. Em 2005, o varejo on-line de bens de consumo deve fechar o ano com R$ 3,5 bilhões de faturamento.
Para se ter uma idéia, somente no primeiro semestre deste ano, dos 32 milhões de brasileiros que utilizaram a internet, 11% fizeram compras on-line, conforme indica o Ibope/NetRatings. No ano passado, esses compradores virtuais representaram apenas 6% do total de usuários. A pesquisa do Ibope revela outro dado interessante: 43% dos internautas já compraram pelo menos uma vez pela internet.
?Para os compradores, a comodidade de efetuar toda a transação, de forma segura e ágil, sem sair de casa e ainda poder escolher entre uma variedade enorme de opções são as grandes vantagens?, justifica Favaretto, do iBuscas.
De acordo com ele, depois do boom da internet a partir de 2000, a rede passa agora por um novo momento, já chamado pelos analistas de Web 2.0. ?Chegou a hora de organizar e melhor utilizar ferramentas que a era da informação oferece. Com tanta disponibilidade, a web virou uma espécie de ?Torre de Babel?. Tornou-se vital filtrar informações, usar ferramentas adequadas para a realização de cada tarefa on-line para torná-las úteis para o nosso dia-a-dia?, explica Favaretto.