Brasil pode se tornar referência em m-payment, diz estudo

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O Brasil tem todas as condições necessárias para se tornar referência mundial em pagamento móvel (m-payment) e os setores bancário, de processamento de cartões e de telefonia podem atuar juntos para atingir segmentos da população ainda não atendidos por meios de pagamento eletrônico, de acordo com estudo da Roland Berger Strategy Consultants divulgado nesta quarta-feira, 15.
A consultoria observa que, apesar de muitas empresas terem tentado implantar uma solução de mobile payment nos últimos anos, a falta de um modelo de negócio foi o principal entrave para que os celulares se transformassem em meios de pagamento. O diretor para serviços financeiros da consultoria, Flavio Litterio, ressalta que o Brasil apresenta configuração de mercado e cultura de inovação favoráveis à adoção de modelos de m-payment. Mas para que esse serviço possa avançar no país, ele observa que é necessário o envolvimento e consenso entre as operadoras de telefonia, instituições financeiras e processadoras de cartões.
Segundo a Roland Berger, as primeiras entrariam com a tecnologia e as linhas de acesso, enquanto os bancos responderiam pela formatação dos produtos financeiros e as processadoras, pela implantação uma ampla rede para que a tecnologia chegue aos estabelecimentos comerciais. "O tamanho da base inicial de consumidores e estabelecimentos comerciais é tão crítico para a rápida adoção do serviço quanto sua simplicidade e baixo custo de operação", aponta Litterio.
O executivo diz que outro aspecto fundamental para o sucesso do celular como meio de pagamento está relacionado à sua integração com os demais meios eletrônicos já em uso no mercado brasileiro. "Temos que reconhecer nosso grau de desenvolvimento em pagamentos eletrônicos. O m-payment não vem preencher uma lacuna, mas complementar as soluções atuais, ampliando seu alcance", diz Litterio. Ele adianta que as maiores oportunidades para o serviço estarão nos segmentos subatendidos por pagamentos via cartão, a exemplo de pequenos varejos, táxis, vendas diretas por meio de revendedores, vendedores ambulantes e prestadores de serviços em geral. "Trata-se de uma prática fundamental nas iniciativas de sucesso observadas mundialmente, onde o foco é a substituição de pagamentos em dinheiro e por cheque", finaliza Litterio.

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