E-commerce: um oceano de oportunidades

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Empreender. Esta palavra está presente no desejo de três em cada quatro brasileiros, de acordo com uma pesquisa realizada pela Endeavor. Muitas pessoas desejam ter seu negócio próprio e os motivos são diversos.. Porém, tirar a ideia do papel e executá-la, pode ser um pouco complicado. Apesar de possuirmos o desejo de empreender, não possuímos a cultura do empreendedorismo – que implica, consequentemente, na cultura do planejamento.

Muitas pessoas acabam optando por começar seu primeiro negócio através do e-commerce, devido à simplicidade de colocar uma loja virtual no ar. Entretanto, o que muita gente não sabe é que os riscos existentes em um negócio online são tão possíveis quanto no varejo tradicional. Enquanto a taxa de sobrevivência no micro e pequeno negócio num geral gira em torno dos 76% nos dois primeiros anos, um terço das lojas virtuais costumam fechar antes de completar dois anos no mercado. A mortalidade virtual é maior por dois motivos: além da alta competitividade com os grandes players, muitos empreendedores começam o negócio sem nenhum planejamento.

Ainda assim, investir no comércio digital é uma boa ideia. Os números no mercado do e-commerce são extremamente otimistas, com taxas de crescimento que, ano a ano, superam os dois dígitos no percentual. De acordo com o E-bit, o comércio eletrônico faturou no primeiro semestre deste ano R$ 16 bilhões — o que representa um crescimento de 26% em comparação ao mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia, o varejo tradicional cresceu apenas 4% neste mesmo período de tempo. A previsão é de que o comércio eletrônico feche 2014 com um crescimento nominal de 21% em comparação a 2013. Em contrapartida, espera-se que o varejo tradicional feche o ano com o crescimento de 4,7%.

Os números e projeções apresentados acima mostram o cenário de um mercado relativamente novo, mas que está cada vez mais consolidado no país. Na última década, os investimentos no e-commerce aumentaram 127%, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. Espera-se, ainda, que este ano feche com 11,6 milhões de novos consumidores online, somando um total de 63 milhões de pessoas no Brasil que utilizam a internet para adquirir produtos como eletrodomésticos, vestuário, calçados e perfumaria.

Sabendo que o cenário é próspero, é preciso tomar medidas para que a empresa seja saudável e vingue por muitos anos. Se existisse um médico para isso, a única receita que ele passaria seriam altas doses de planejamento.

Os motivos são vários. Primeiro porque evita que o empreendedor abra um negócio por impulso, outro porque um bom planejamento faz com que uma loja virtual consiga enfrentar a fortíssima concorrência vinda das gigantes do varejo eletrônico.

Para quem quer entrar neste mercado, seja muito bem-vindo, porém planeje muito. O mercado é amplo, vindouro, e está para peixe. Cabe, porém, ser um bom pescador, pegar seus equipamentos e escolher que tipo de peixe você quer pescar.

Marcio Eugênio, especialista em e-commerce e sócio fundador da D Loja Virtual.

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