Software houses catarinenses recebem financiamento para MPS.BR

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A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) aprovou o pedido de financiamento de cinco empresas catarinenses para a implantação e avaliação do projeto Melhoria de Processo de Software Brasileiro (MPS.BR). Com os recursos destinados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Finep e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as empresas Softplan, Boreste, Ilog Tecnologia, Dualline Solutions e Poligraph irão investir em ações para adequar os seus processos ao modelo.

No Brasil cerca de cem empresas iniciaram a implantação do MPS.BR, sendo que 20 já receberam a certificação. O modelo tem como objetivo melhorar a qualidade e a produtividade do software brasileiro utilizando inclusive índices de qualidade reconhecidos internacionalmente. O MPS.BR, no entanto é voltado para a realidade brasileira, oferecendo custos mais acessíveis de implantação do que outras normas e padrões como o CMMI (Capability Maturity Model Integration).

Um dos retornos obtidos com a implantação do sistema é a ampliação da competitividade das empresas, segundo o coordenador de qualidade da Softplan, Marcelo Cestari. ?Com a implantação do MPS.BR visamos a redução de custos, a adoção de melhores práticas de engenharia de software, a melhoria dos processos e por conseguinte dos produtos, além de maior controle e gestão de projetos, competitividade e diferenciação no mercado.?

Cestari acrescenta que a certificação não é apenas um diferencial, mas uma necessidade. ?Trata-se de uma tendência mundial adequar-se a modelos de melhoria que trazem benefícios à empresa e também aos clientes. Atualmente, mais e mais clientes, tanto na esfera privada quanto pública, exigem que seus fornecedores apresentem adequação a determinados modelos e normas?. A Softplan possui desde 1998 a ISO 9001, além de adotar práticas baseadas nos modelos CMMI e PMBOK.

As cinco empresas catarinenses aprovadas pela Softex estão reunidas em um grupo organizado pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) através do Núcleo de Desenvolvimento de Software de Florianópolis (Softpolis). Com a formação do grupo, as empresas terão treinamentos compartilhados e irão dividir a contratação de outros serviços, o que reduz os custos com a implantação. Além disso, a Acate está organizando uma estrutura de gestão e de controle para que o projeto possa ser conduzido e que permita que as empresas do grupo atinjam seus objetivos.

O processo de implantação e avaliação desse primeiro grupo levará 15 meses. Quando os primeiros resultados forem contabilizados, a Acate deve iniciar a organização de um novo grupo de empresas. A expectativa é reunir mais empresas ainda neste ano, segundo o diretor de software da Acate e coordenador do Softpolis, Demétrius Ribeiro. ?Para participar de um grupo a empresa precisa ser associada a Acate e participante do Softpolis. Nossa equipe realizará uma análise para verificar se a empresa está apta a iniciar um programa de melhoria de processo de software?, afirma Ribeiro.

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